sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Barbosa diz em discurso que Justiça não trata a todos de forma igual


Novo presidente do STF vê ‘tratamento privilegiado’ e ‘déficit de igualdade’. Ministro discursou ao tomar posse nesta quinta (22) em solenidade no STF.
Do G1
O ministro Joaquim Barbosa apontou nesta quinta (22), durante discurso na cerimônia em que tomou posse na presidência do Supremo Tribunal Federal, um “déficit de igualdade” na Justiça (veja no vídeo ao lado a íntegra do discurso).
Para o novo presidente do STF, “nem todos os cidadãos” são tratados da mesma forma quando buscam o Judiciário.
“É preciso ter a honestidade intelectual para reconhecer que há um grande déficit de Justiça entre nós. Nem todos os cidadãos são tratados com a mesma consideração quando buscam a Justiça. O que se vê aqui e acolá é o tratamento privilegiado”, declarou.
Segundo Barbosa, se o acesso ao Judiciário não se tornar mais igualitário e eficaz, ele “suscitará um espantalho” capaz de afugentar investimentos.
“O que buscamos é um Judiciário célere, efetivo e justo. De nada vale o sofisticado sistema de informação, se a Justiça falha. Necessitamos tornar efetivo o princípio constitucional da razoável duração do processo. Se não observada estritamente e em todos os quadrantes, o Judiciário nacional, suscitará, em breve, o espantalho capaz de afugentar os investimentos que tanto necessita a economia nacional”, disse.
Ele afirmou que os magistrados devem levar em conta as expectativas da sociedade em relação à Justiça e disse que não há mais espaço para o juíz “isolado”. Para Barbosa, o magistrado precisa considerar os valores e anseios da sociedade.
“O juiz deve, sim, sopesar e ter em conta os valores da sociedade. O juiz é um produto do seu meio e do seu tempo. Nada mais ultrapassado e indesejado do que aquele juiz isolado, como se estivesse fechado em uma torre de marfim”, disse.
O novo presidente do Supremo defendeu o reforço da “independência do juiz.”
Ele afirmou que o magistrado deve ter consciência de suas limitações e jamais deixar que “suas crenças mais íntimas” influenciem nas decisões.
“Não se pode falar de instituições sólidas sem o elemento humano que as impulsiona. Se estamos em uma casa de Justiça, tomemos como objeto o homem magistrado. O homem magistrado é aquele que tem consciência de seus limites. Não basta ter formação técnica, humanística e forte apelo a valores éticos, que devem ser guias de qualquer agente estatal. Tem que ter em mente o caráter laico da sua missão constitucional [para que] crenças mais íntimas não contaminem suas atividades.”
Na avaliação de Barbosa, é necessário afastar o novo juiz de influências negativas e dos laços políticos eventualmente usados para a ascensão profissional.
“Nada justifica a pouca edificante busca de apoio para uma singela promoção do primeiro para o segundo grau de jurisdição”, disse.
Ele afirmou que quer um Judiciário “sem floreios” e “rapapés” e com compromisso com a eficácia. “Justiça que falha e não tem compromisso com sua eficácia é Justiça que impacta direta e negativamente a vida dos cidadãos”, declarou.
Sobre a situação institucional no Brasil, ele afirmou que o país soube construir instituições que podem servir de modelo internacional. “Hoje pode se dizer que temos instituições sólidas, submetidas cada vez mais ao escrutínio da sociedade, de organizações e da sociedade internacional”, afirmou

PF começa agir; três ex-prefeitos são presos em 10 dias



POR NETO FERREIRA.
A Polícia Federal tem cumprido mandado de prisão com relação a decisões da Justiça Federal. Apesar das investigações  ocorrer em sigilo absoluto, a Policia Federal tem concentrado equipes em diversos municípios do Maranhão com a intenção de investigar vestígios do crime.
As investigações são voltadas para fraudes de recursos federais principalmente em programas do setor da saúde e educação.
A região nordeste concentra os trabalhos principalmente nos estados do Piauí e Maranhão onde os indícios de crimes são maiores. Em todo o país a Policia Federal tem a estimativa de que as fraudes somadas ultrapassam a quantia de 11 bilhões.
Até agora foram apenas três ex-gestores, mais a PF do Maranhão vem trabalhando para prender pelo menos 70% de gestores e ex-gestores envolvidos em esquemas fraudulentos.
Em 10 dias a PF, prendeu o ex-prefeito de Bom Jardim de 58 anos, o ex-prefeito de Cândido Mendes Edson Costa de 56 anos e por último a PF prendeu ontem, (22), a ex-prefeita de Santo Antônio dos Lopes de 70 anos de idade.
Agora é só esperar que é prisão a todo instante, deve ter gente que não está nem conseguindo dormir direito.

Luiz Fux toca guitarra e canta Tim Maia em festa de posse de Joaquim Barbosa



O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)  Luiz Fux revelou um lado mais artístico e descontraído na noite desta quinta-feira (22/11). Durante a festa de posse de seu colega Joaquim Barbosa como presidente da corte, ele subiu ao palco e interpretou Um dia de Domingo, clássico de Tim Maia.

O ministro Joaquim Barbosa, que tomou posse nesta quinta-feira (22/11) como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e dedicou seu discurso à crítica da desigualdade de acesso à Justiça e a subordinação que os juízes precisam se submeter para ascender profissionalmente.
Barbosa finalizou agradecendo a presença de seus parentes e amigos estrangeiros que vieram ao país especialmente para prestigiar a posse.

"Zorra Total" exibe mais uma etapa do concurso "Trem Voz"



  • Divulgação/TV Globo
    Os jurados Juju Santos (Renato Rabelo), Angolinos Brown (Romeu Evaristo), Claudia Azeite (Cristiana Pompeo) e Danibelo (Marcos Veras) estão sentados nas cadeiras. Quiabo Leifert ( Jefferson Schroeder ) comanda o programa (10/11/2012)
    Os jurados Juju Santos (Renato Rabelo), Angolinos Brown (Romeu Evaristo), Claudia Azeite (Cristiana Pompeo) e Danibelo (Marcos Veras) estão sentados nas cadeiras. Quiabo Leifert ( Jefferson Schroeder ) comanda o programa (10/11/2012)
O “Zorra Total” deste sábado (24) exibe mais uma etapa do concurso de calouros “Trem Voz”, no “Metrô Zorra Brasil”. A paródia é inspirada no reality “The Voice Brasil”, que é apresentado por Tiago Leifert e tem como jurados técnicos os cantores Daniel, Claudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown.
No comando do programa, o apresentador Quiabo Leifert (Jefferson Schroeder) chama ao palco Carretel (Nelson Freitas), Lucicreide (Fabiana Karla), Salsichão (Ataide Arcoverde), Tetê P.M. (Mariana Santos).
Os candidatos são avaliados pelos jurados e ídolos musicais Angolinos Brown (Romeu Evaristo), Claudia Azeite (Cristiana Pompeo), Danibelo (Marcos Veras) e Juju Santos (Renato Rabelo). O dia decisivo vai levantar um embate além do talento vocal.

Medalhista olímpico Nelson Prudencio morre após sofrer com câncer no pulmão


Nelson Prudêncio, medalhista olímpico que morreu vítima de câncer no pulmão
Nelson Prudêncio, medalhista olímpico que morreu vítima de câncer no pulmão


Do UOL, em São Paulo

O ex-atleta do salto triplo Nelson Prudêncio morreu na madrugada desta sexta-feira, na Casa da Saúde da cidade de São Carlos. Ela sofria com um câncer de pulmão.
Prudêncio estava desde a manhã da última terça-feira na UTI do hospital em coma em um quadro decorrente de complicações de um câncer de pulmão. Segundo familiares, os médicos que cuidam do caso informaram que a situação do medalhista olímpico de 68 anos era irreversível.

"Ele descobriu o câncer há pouco tempo, não deu tempo de fazer nada", afirmou Cristiana, filha de Nelson Prudêncio, em contato com a reportagem do UOL Esporte, ainda na terça-feira.
O velório será hoje a partir das 16h30, no cemitério municipal nossa Senhora do Carmo, na cidade de São Carlos.

Prata nos Jogos do México em 1968 e bronze em Munique em 1972, Prudêncio foi surpreendido pela notícia de que sofre de câncer de pulmão há poucas semanas. O ex-atleta passou por uma internação no começo de novembro e retornou ao hospital nos últimos dias. O avanço da doença foi acelerado e rapidamente conduziu o herói do salto triplo nacional ao quadro de coma.

Nos últimos anos, Prudêncio vinha trabalhando na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), como professor Doutor em Educação Física. Paralelamente atua como vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo.
Em entrevista para o UOL Esporte em junho passado, Prudêncio discorreu sobre o estudo acadêmico de sua autoria que prega o auxílio da ciência para reconduzir o Brasil ao pódio olímpico do salto triplo, prova que, além de suas façanhas, teve no país Adhemar Ferreira da Silva e João do Pulo como ícones.
"Existe um hiato de 32 anos sem medalhas. Isso me motivou. A finalidade deste trabalho era essa, preencher esta lacuna. Tivemos uma série com o Adhemar, eu e o João Carlos, mas tudo produto do acaso. Nunca existiu uma sistematização", afirmou Prudêncio na entrevista em junho, concedida em sua sala no campus da UFSCar.

RECORDISTA MUNDIAL POR ALGUNS MINUTOS NA OLIMPÍADA

O ex-atleta Nelson Prudêncio foi um dos protagonistas de uma das finais mais equilibradas da história olímpica. A disputa pelo ouro na Cidade do México em 1968 teve nove quebras do recorde mundial em apenas quatro horas, no embate entre o futuro professor brasileiro, o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile.

Na oportunidade, a marca subiu de 17,03 para 17,37 metros, mas, no desfecho, o melhor salto acabou sendo o do soviético Saneyev. Pouco antes, no entanto, Prudêncio havia alcançado 17,27 metros, desfrutando por alguns minutos a inesperada conquista do recorde mundial.

"Eu não estava preparado para aquilo. Pensei: 'quem sou eu para ser recordista mundial?'. Tinha ido lá para bater o recorde brasileiro, que era de 16,56 m. Desmoronei emocionalmente", relatou Prudêncio, que tinha 24 anos na época, em entrevista ao UOL Esporte em junho passado.

SALTO TRIPLO - MEDALHAS DO PAÍS NAS OLIMPÍADAS

Ouro – Adhemar Ferreira da Silva – Helsinque-1952Bronze – Nelson Prudêncio – Munique-1972
Ouro – Adhemar Ferreira da Silva – Melbourne-1956Bronze – João do Pulo – Montreal-1976
Prata – Nelson Prudêncio – Cidade do México-1968Bronze - João do Pulo – Moscou-1980

Nelson Prudêncio, medalhista olímpico do salto triplo

Foto 9 de 9 - Nelson Prudêncio quebrou o recorde mundial do salto triplo, mas acabou com a medalha de prata na Olimpíada de 1968 Arquivo Folha

Sem alicate nem lixa, salão oferece tratamento com peixe-pedicure no RS


Animais, que não possuem dentes, retiram as células mortas dos pés.
Em Porto Alegre, estabelecimento importou a técnica da Turquia



Do G1 RS

Cliente faz tratamento no Spa dos Pés em Porto Alegre (Foto: Paula Menezes/G1)Cliente faz tratamento no Spa dos Pés em Porto
Alegre (Foto: Paula Menezes/G1)
Que tal ir ao salão de beleza para enfeitar os pés sem o auxílio de alicates, tesouras e lixas? Em Porto Alegre, isso já é possível. Vindos direto da Turquia e abrigados em aquários especiais, os peixes Garra Rufa ajudam no tratamento da pele e têm despertado a curiosidade de clientes que frequentam o estabelecimento em um shopping da capital do Rio Grande do Sul.
Também conhecidos como peixes-pedicure, os animais fazem uma pequena sucção nos pés dos clientes, retirando as células mortas. “É indolor. No início, causa um formigamento, mas logo passa e aí vem o relaxamento”, explicou Vana Tórgo, responsável pela técnica no Hugo Beauty.
G1 acompanhou nesta semana a primeira experiência de uma cliente com o tratamento. Sem hesitar, a empresária Taís Hens sentou no banco em frente ao aquário e colocou os pés na água. Os peixes se aproximam imediatamente. Depois dos 15 minutos de relaxamento, ela afirmou estar surpreendida. “É bem suave. E fica macio mesmo”, garantiu.
O salão de beleza possui dois aquários com cerca de 100 peixes cada. Antes do tratamento, os pés são higienizados com água e álcool. O cuidado com o esmalte também é necessário. As unhas devem ser pintadas 48 horas antes do processo. Outra opção é fazer a esfoliação com os peixes e depois escolher a cor para a pintura. Os animais são alimentados duas vezes por dia, com ração própria. Segundo Vana, 10 litros de água, em média, são trocados diariamente. A temperatura também é agradável aos clientes – é mantida entre 28 e 29 graus.
Pés são higienizados antes do tratamento com os peixes Garra Rufa (Foto: Paula Menezes/G1)Pés são higienizados antes do tratamento com os peixes Garra Rufa (Foto: Paula Menezes/G1)
A administradora do estabelecimento, Gabriela Niederauer, pensava em importar a técnica há mais de um ano. A ideia veio depois de uma viagem da filha para a Turquia. “Ela notou que os pés ficaram muito mais macios. Quando me contou, na hora eu pensei em trazer”. Os Garra Rufa, que medem até 10 cm e vivem cerca de seis anos, se reproduzem com facilidade em lagos do Oriente Médio. A exploração comercial do animal é protegida por lei no país turco. No exterior, ele é bastante utilizado para o tratamento da psoríase (doença inflamatória da pele). Para essa finalidade, o cliente entra com todo o corpo em uma piscina.
Peixes retiram a pele morta dos pés (Foto: Paula Menezes/G1)Peixes retiram a pele morta dos pés
(Foto: Paula Menezes/G1)
Em Porto Alegre, o processo de limpeza dura de 15 a 30 minutos e os valores vão de R$ 25 a R$ 45. Por ser novidade, a técnica ainda encontra resistência de alguns clientes. A procura dos homens pelo tratamento, no entanto, surpreendeu. “Como a maioria deles tem calos e pele mais grossa, o tratamento funciona muito bem”, relata Gabriela.
A partir da próxima semana, o estabelecimento vai inaugurar o Spa dos Pés, com mais dois aquários, em outra sede em Porto Alegre. Já famosa em diversos países, a aposta é que a técnica encante também aos brasileiros. "Dá uma sensação de cócegas inicial, uma sensação curiosa, de deixar o peixe pegar o pé. Depois a gente sente um relaxamento. A gente se desliga de tudo", elogia a relações públicas Luciana Brambilla
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Acusado de matar Celso Daniel é condenado a 20 anos de prisão


Prefeito de Santo André foi assassinado em 18 de janeiro de 2002.
Julgamento aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra.



Do G1 São Paulo

caso celso daniel (Foto: globonews)Celso Daniel foi assassinado em janeiro de 2002,
em uma estrada de Juquitiba (Foto: Globo News)
A Justiça condenou a 20 anos de prisão o réu Itamar Messias dos Santos, acusado de matar em 2002 o então prefeito de Santo André, Celso Daniel. O júri aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Daniel foi morto a tiros em 18 de janeiro de 2002, após ser sequestrado em São Paulo. Seu corpo foi encontrado baleado no dia 20 daquele mês numa estrada em Juquitiba, perto de Itapecerica da Serra. Para o Ministério Público, o então prefeito foi assassinado porque discordava do modo como era feito um esquema de corrupção na Prefeitura.
Santos é um dos sete acusados de matar Daniel. Todos foram julgados e condenados pelo crime, exceto o empresário Sérgio Gomes da Silva. Conhecido como Sombra, ele atuava como segurança do prefeito e é acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do crime.

O julgamento, presidido pelo magistrado Augusto Galvão de França Hristov, durou cerca de oito horas. O corpo de jurados que condenou o réu era formado por quatro mulheres e três homens.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, Santos terá de cumprir a pena por homicídio duplamente qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima) em regime fechado.
O júri começou próximo do meio-dia, com a leitura da denúncia. Como não havia testemunhas a serem ouvidas, o interrogatório de Santos começou logo depois, mas ele optou por permanecer em silêncio.
Os debates começaram com o promotor Marcio Friggi de Carvalho, que teve uma hora e meia para falar. Segundo Carvalho, o réu forjou provas para parecer que o crime contra Celso Daniel parecesse um sequestro comum e para encobrir o mandante do esquema, Sombra. O promotor ainda afirmou que havia impressão digital de Santos no carro onde o prefeito estava.
Adiamento
O julgamento do réu estava previsto para acontecer em 16 de agosto deste ano, junto com o de Elcyd Oliveira Brito, outro acusado de matar Celso Daniel. Entretanto, o advogado de Santos convenceu o juiz a adiar o julgamento mais uma vez – isso já havia ocorrido em maio.
O argumento apresentado pela defesa de Santos é que tinha outro julgamento para participar na capital e que uma possível confissão de Elcyd nesta quinta poderia ser determinante para que a defesa se preparasse para a acusação. Na época, Gonçalves Filho afirmou ainda que seu cliente é inocente.
Brito foi condenado por júri popular a 22 anos de prisão pela morte do ex-prefeito. Ele foi o quinto acusado condenado pela morte do político, sendo que um deles recorreu da sentença. A defesa de Brito também apresentou recurso contra a condenação na noite do seu julgamento.
Além de Santos e de Brito, quatro pessoas também foram condenadas pelo assassinato. Em novembro de 2010, Marcos Bispo dos Santos recebeu pena de 18 anos. Em 10 de maio deste ano, Ivan Rodrigues da Silva foi condenado a 24 anos de reclusão, José Edison da Silva, a 20 anos, e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira Silva, a 18.
A defesa do suposto mandante, o empresário Sombra, apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu evitar, até o momento, que seu julgamento ocorresse.

Sancionada lei para SUS atender paciente com câncer em até 60 dias


O texto publicado nesta sexta-feira (23) entra em vigor em 180 dias.
Se caso for grave, prazo pode ser menor. Lei prevê acesso a medicamentos.


Do G1 em Brasília e em São Paulo
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (23) lei que estabelece um prazo de até 60 dias para que pacientes com câncer recebam o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi publicado na edição desta sexta do "Diário Oficial da União".
Se o caso for grave, o prazo pode ser menor, destaca o texto. Esse intervalo de dois meses é contado a partir da confirmação do diagnóstico, e o tratamento pode ser cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. A lei  também prevê acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos derivados do ópio (como morfina) a pacientes que sofram com dores intensas. 
Os estados que possuem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para atender à demanda dentro do prazo estabelecido. A lei entra em vigor em 180 dias contados a partir desta sexta-feira (23), data da publicação.
A proposta inicial, feita em 1997 pelo ex-senador Osmar Dias, falava apenas sobre tratamento com remédios contra a dor. Na Câmara, o projeto foi ampliado para essa nova versão.
Segundo a relatora do substitutivo, a senadora Ana Amélia (PP-RS), a demora em começar um tratamento contra o câncer é o principal problema dessa terapêutica no Brasil. Na opinião dela, a aprovação do projeto trará grandes benefícios para as mulheres com câncer de mama.
Ana Amélia disse, ainda, que não se deve esperar que a aprovação da lei "resulte na extinção das mortes por câncer no Brasil", mas que o Estado fará sua parte para combater a doença.

Com debate entre acusação e defesa, júri do caso Eliza entra na reta final



Do G1 MG

Depois da apresentação das alegações, o conselho de sentença se reunirá.
Previsão é que julgamento de Macarrão e de Fernanda termine nesta sexta.

O julgamento do caso Eliza Samudio entra na reta final nesta sexta-feira (23). A previsão é que a sessão seja iniciada às 9h, no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No quinto dia de júri popular, será realizado o debate entre acusação e defesa.
 
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), primeiramente, o promotor poderá expor seus argumentos. Em seguida, os advogados dos réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e de Fernanda Gomes de Castro, falarão no plenário. Por fim, há espaço para réplicas e tréplicas. Segundo a Justiça, a fase do debate deve durar até sete horas e meia.

Depois que acusação e defesa apresentarem suas alegações, o conselho de sentença se reunirá para decidir se os réus serão condenados ou absolvidos. Macarrão responde por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver. Já a ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes é acusada de sequestro e cárcere privado.

A expectativa do TJMG é que a sentença seja proferida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues ainda nesta sexta-feira, finalizando o julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão e de Fernanda Gomes de Castro.

22.nov.2012 - Macarrão fica sozinho no banco do réus. Fernanda é retirada da sala no momento dedicado ao registro de imagens pela imprensa. O pedido, feito por sua defesa, foi autorizado pela juíza  (Foto: Vagner Antonio/Tribunal de Justiça de Minas Gerais)Macarrão fica sozinho no banco do réus. Fernanda é retirada da sala no momento dedicado ao registro de imagens pela imprensa. O pedido, feito por sua defesa, foi autorizado pela juíza (Foto: Vagner Antonio/Tribunal de Justiça de Minas Gerais)
4º diaA ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes confirmou nesta quinta-feira (22) boa parte do depoimento dado por Macarrão. A sessão do júri foi encerrada por volta de 17h50.
Fernanda, que se disse inocente das acusações de sequestro e cárcere privado de Eliza e de Bruninho, filho da ex-amante com o goleiro, confirmou que Macarrão usou seu carro, um Gol, por cerca de 20 minutos. Macarrão afirmou em seu depoimento ter levado Eliza de carro até um local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a ex-amante entrou em um Palio, no início de junho de 2010. "Ele ia levar ela para morrer", disse o réu Macarrão, em depoimento que durou até cerca de 4h desta quinta-feira.
Interrogada durante o julgamento, Fernanda ressaltou que não desconfiou do destino trágico que Eliza teria, "pela calma que ela apresentava" durante o tempo que esteve em Minas. "Só tive conhecimento verdadeiro de que a Eliza foi executada ontem pelas declarações de Luiz Henrique [Macarrão]", afirmou ela, em seu depoimento.
Questionada pela juíza Marixa Fabiane sobre como soube das declarações de Macarrão, Fernanda disse ter sido informada pela imprensa. Ela afirmou que chegou a mentir em seu primeiro depoimento à polícia, mas que depois voltou atrás e pediu desculpas aos delegados. "Estava com medo", ressaltou.
Boato interrompe júri
Um boato divulgado nesta quinta-feira afirmou que o goleiro Bruno teria tentado suícidio dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Minas Gerais, mesma cidade em que o júri do caso Eliza está sendo realizado.
A notícia falsa causou tensão no fórum, onde o júri chegou a ser interrompido por cerca de 20 minutos pela juíza Marixa Fabiane. Ela dispensou os jurados por alguns minutos, por volta de 16h10, e disse a todos no tribunal se manterem em silêncio sobre qualquer notícia ou informação, por já saberem do que se tratava, referindo-se ao boato.
A sessão já havia sido retomada às 16h45 desta quinta-feira.
O boato foi desmentido pela Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Segundo a secretaria, o diretor-geral do presídio, Luiz Carlos Danunzio, confirmou que Bruno está bem. A secretaria disse que Danunzio chegou a ir até o pavilhão onde o atleta está para verificar seu estado de saúde. A tensão ocorreu durante o depoimento da ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro.
Do lado de fora do tribunal, o falso boato também causou confusão. Jornalistas cercaram o advogado Lúcio Adolfo, defensor do goleiro Bruno, para saber informações sobre o caso. Ele seguiu para trás de um portão fechado, na entrada do fórum, protegido por policiais militares.
Agressão
Durante o interrogatório, Fernanda disse ter sido informada por Macarrão que a ex-amante de Bruno havia sido agredida pelo primo do goleiro, Jorge Luiz Rosa, num momento anterior ao episódio do carro. O depoimento confirma a versão do amigo de Bruno sobre o episódio. "Ele [Macarrão] e Jorge foram encontrar com Eliza para negociar uma dívida. Ele disse que houve uma briga no carro entre Jorge e Eliza por causa de algo que Eliza teria dito algo sobre o jogador que não agradou Jorge", disse.
A ex-namorada afirmou, ainda, que ficou com o bebê de Eliza por alguns momentos e que chegou a fazer mamadeira para ele, durante o período que coincide com o cárcere privado investigado pelo Ministério Público. "Fiz a mamadeira e troquei a fralda e a criança parou de chorar. Depois disso, subi para o o quarto de Bruno e ele dormiu. Neste momento, não vi a Eliza. Tive vontade de falar com a Eliza, mas fiquei com medo de ela falar meu nome para a mídia", disse. O episódio ocorreu antes do desaparecimento da ex-amante, segundo Fernanda, que ressaltou que Eliza agradeceu por ela ter cuidado da criança.
22.nov.2012 - Fernanda Gomes de Castro responde a perguntas em interrogatório na tarde desta quinta-feira (22) (Foto: Leo Aragão/G1)Desenho mostra Fernanda em interrogatório durante
julgamento em Contagem (Foto: Leo Aragão/G1)
Terminado o depoimento de Fernanda na chamada fase de instrução, em que as provas são apresentadas, terão início os debates, com apresentação de argumentos de acusação e defesa para tentar convencer os jurados.
Bruno ficou 'decepcionado'
O advogado do goleiro Bruno, Lúcio Adolfo, disse que o atleta ficou "decepcionado" ao saber nesta quinta (22) das declarações dadas pelo réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, no julgamento do caso Eliza.
Macarrão afirmou, em depoimento à juíza Marixa Fabiane, que à época do caso, ocorrido em junho de 2010, levou a ex-amante do jogador de carro até um local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a jovem entrou em um Palio. "Ele [Bruno] ia levar ela para morrer", disse.
O defensor, junto com os advogados Francisco Simim e Tiago Lenoir, foi à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, por volta de 11h30 contar a Bruno sobre o interrogatório de Macarrão, que terminou na madrugada desta quinta. "[Ele] reagiu com tristeza, mas entendeu que Macarrão está pressionado", disse. Adolfo reforçou que o goleiro não chorou, mas "ficou chateado, decepcionado, pela amizade que existia entre os dois".
Macarrão relatou à juíza que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta. Ele afirmou ainda que alertou Bruno sobre o que podia acontecer, mas que o goleiro pediu para ele largar "de ser bundão". "Falou que era para deixar com ele", disse o réu antes de começar a chorar no plenário.
Em entrevista, o advogado Adolfo disse que quer incluir Macarrão como testemunha quando for realizado o novo julgamento do goleiro Bruno, no dia 4 de março de 2013. Ele cogita, inclusive, pedir uma acareação entre os dois.
"A situação de ontem foi atípica, pois o Arteiro [advogado de acusação] ficou em cima do Macarrão", disse Simim, também defensor do goleiro.
22.nov.2012 - Macarrão ouve conversa com advogados de defesa, no quarto dia do júri (Foto: Maurício Vieira/G1)Macarrão ouve advogados de defesa durante o júri
(Foto: Maurício Vieira/G1)
'Não sou esse monstro'
Antes de falar ao júri, na madrugada de quinta-feira, Macarrão ouviu a leitura da denúncia contra ele e disse para juíza Marixa que a acusação "em partes é verdade". Ele disse não ter falado, em depoimentos anteriores, tudo que sabia sobre Eliza. "Quero deixar bem claro para a senhora que eu não sou esse monstro que as pessoas colocaram", disse Macarrão. "E hoje eu vou falar tudo que a senhora queira ouvir da minha boca e colaborar com a verdade dos fatos".
Macarrão disse que Bruno conheceu Eliza Samudio durante uma "orgia" e que, tempos depois, o goleiro contou que achava que a jovem estava grávida. O réu afirmou que não levou Bruno a sério, mas que o goleiro iria encontrar Eliza para conversar. Meses mais tarde, o atleta retomou o assunto e confirmou que "a garota estava grávida mesmo".
Eu guardei tudo isso. Eu não aguentava mais, não sou esse monstro que todo mundo colocou"
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão
O réu disse que Bruno estava estranho ao telefone, no dia 10 de junho de 2010, e que o jogador pediu que ele levasse Eliza Samudio até um ponto da Pampulha, onde teria uma pessoa esperando por ela. "Ele falou que ia...", começou a contar. "Antes de dizer o que ele ia fazer, eu quero dizer que eu disse pra ele deixar aquela menina em paz".
Mais tarde, questionado se estava mais aliviado por contar o que aconteceu, Macarrão respondeu: "Eu guardei tudo isso. Eu não aguentava mais, eu não sou esse monstro que todo mundo colocou [...] Se tem alguém aqui que acabou com a vida, foi ele [Bruno] que acabou com a minha vida".
"Graças a Deus eu tirei esse fardo carregado há dois anos das minhas costas. Eu não quis prejudicar ninguém nesse processo", disse Macarrão ao final do interrogatório. "Eu ponho a cabeça no travesseiro tranquilo de que eu fiz tudo para evitar isso [...] Eu não participei".
Júri de Bruno é adiado
Na manhã de quarta-feira, o julgamento de Bruno Fernandes foi desmembrado e adiado para 4 de março de 2013, segundo decisão da juíza Marixa. O goleiro foi retirado do plenário para ser levado novamente para a penitenciária Nelson Hungria. Inicialmente, a magistrada havia anunciado que o novo júri ocorreria em janeiro, mas depois ela afirmou que é difícil conseguir jurados para compor o Conselho de Sentença no início do ano e que fevereiro tem poucos dias, em razão do Carnaval.
O adiamento foi concedido pela juíza a pedido da defesa de Bruno. O advogado Francisco Simim, que defendia o goleiro, apresentou um documento transferindo seus poderes a outro defensor, Lúcio Adolfo. Chamado de substabelecimento sem reserva de poderes, o documento pediu a substituição de Simim por Adolfo, que alegou não conhecer o processo para pedir o adiamento.
Na terça-feira (20), o goleiro Bruno já havia tentado adiar o júri, com um pedido de destituição de seus advogados Rui Pimenta e Francisco Simim. A juíza Marixa aceitou o pedido de saída de Pimenta, após o jogador alegar que não se sentia seguro para continuar com ele, e negou o de Simim.
A juíza afirmou que "não obstante haver claras evidências de manobra, por outro lado também é verdade que o documento que foi apresentado a mim foi de substabelecimento", justificando sua decisão. "Estou acolhendo o pedido da defesa para conceder ao advogado prazo para o conhecimento do processo"
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