quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sargento da PM é executado dentro de ônibus

PODER

 sargento da PM, Gilmar Santana Cruz de Azevedo.
sargento da PM, Gilmar Santana Cruz de Azevedo.
Foi executado ontem por volta de 22h00, com um tiro no olho, dentro de ônibus que faz para o Jardim Tropical, o sargento da PM, Gilmar Santana Cruz de Azevedo.
De acordo com informações da Policia, o sargento estava voltando do trabalho, sem farda, com destino a sua casa no Jardim Tropical.
Durante a trama, dois homens em uma moto encostaram o veiculo ao lado do coletivo e efetuaram a “queima roupa” pela janela, dois tiros no rosto do PM.
O crime se caracteriza execução, os bandidos fugiram sem levar nada, nem mesmo a arma que estava em sua bolsa.
A polícia acredita que o policial tenha sido vítima de vingança de algum elemento que tenha prendido na área. O sargento Gilmar era lotado no 1º Batalhão da Polícia Militar e estava desde 1984 na corporação.
Até a manhã de hoje, familiares não tinham contado pra mãe do sargento, com medo que a senhora passasse mal, pois ela é hipertensa.

Mãe é condenada por forçar filha de 14 anos a fazer sexo com companheiro que ameaçava ir embora


Rogério Barbosa
Do UOL, em São Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a 10 anos e seis meses de prisão uma mãe que, por medo que seu companheiro fosse embora, forçou sua filha de 14 anos a ter relações sexuais com ele. A sentença do caso, que aconteceu em 2003 na cidade de Pedreira (135 km de São Paulo), foi dada na sexta-feira (14).
A mãe (identificada como C. F. M.) ameaçou a filha, Cintia, dizendo que a levaria para morar com o pai, que é foragido da Justiça e com quem a menina não tinha boa relação, caso não aceitasse ter relações com seu companheiro (identificado como A. R. D.). Assim como a mãe, ele também foi condenado a oito anos de prisão por estupro.

De acordo com o processo, que correu em segredo de justiça, o homem manteve relacionamento amoroso com a mãe por seis anos e, por diversas vezes, tentou romper o romance, encontrando objeção por parte dela.
Em março de 2003, ele, "aproveitando-se da situação de carência por que passava C. F. M., condicionou a manutenção do relacionamento à prática de relações sexuais com sua filha. Obstinada em manter a relação, C. F. M. comprometeu-se a convencer a Cíntia".

Segundo a denúncia, a mãe então ameaçou a adolescente, dizendo-lhe que caso não aceitasse manter relações sexuais com o companheiro, iria deixá-la morando com o pai, fugitivo de uma penitenciária, e ameaçou que se suicidaria caso o companheiro a abandonasse.
Ainda segundo a denúncia, Cíntia, sabendo que sua mãe já tentara se matar em outras ocasiões e temerosa em residir com o pai, aceitou a proposta.

Crime gravado

Após convencer a filha, a mãe levou o companheiro até o quarto da adolescente e também ligou uma câmera filmadora sem que ele percebesse. Depois dos abusos que aconteceram naquela noite, a mulher continuou a ameaçar a filha e nas duas semanas que se seguiram ainda houve outros três encontros.

À Justiça, a mãe alegou que a filha fez tudo por livre e espontânea vontade. Afirmou que falou com a adolescente sobre a proposta de seu companheiro e que, embora ela tivesse inicialmente recusado, depois aceitou, por ver a mãe triste com o provável rompimento de seu relacionamento.

Já o companheiro negou que havia tido relações com a jovem, embora ela tivesse feito a proposta. De acordo com ele, por diversas vezes a adolescente teria se insinuado andando em casa de toalha e se exibindo.

Entretanto, o testemunho de um funcionário que alugou o aparelho de filmagem usado por pela mãe e de outras duas pessoas que afirmaram ter visto a fita, convenceram os desembargadores de que houve o estupro.

A fita nunca foi apresentada em juízo. De acordo com a mãe, quando seu companheiro descobriu a existência da gravação exigiu a fita e a quebrou.

Proteção fraternal

Segundo os psicólogos judiciários que conversaram com a vítima, embora a adolescente tenha confirmado as ameaças da mãe, ela também se esforçou para convencê-los "do quanto atualmente a genitora vem desempenhando a contento as funções maternas".

Para os médicos, o fato de a mãe correr o risco de ser condenada aumenta o sentimento de culpa da adolescente.

A defesa dos condenados ainda não foi notificada da decisão do TJ e afirmou que tentará recorrer da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Entretanto, há dúvidas se o processo possui os requisitos para ser analisado pelo STJ.

Crimes e julgamentos brasileiros famosos

Foto 8 de 16 - O motoboy Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque", foi condenado, em júri popular realizado em 2002, a 121 anos e oito meses pela morte e estupro de sete mulheres na Grande São Paulo. Ele foi detido em 1998 Folhapress - 05.set.1998

Deputado quer aprovar até a Copa projeto de lei que regulariza a prostituição no Brasil


Fabiana Nanô
Do UOL, em São Paulo
Em um prostíbulo, mulheres adultas são forçadas a prestar favores sexuais e a conviver com menores exploradas. O dinheiro fica para o cafetão e, se alguém denunciar, corre risco de morte. Embora criminosa, esta cena não é tão excepcional quanto parece --ela faz parte do cotidiano de muitas cidades brasileiras.
No Brasil, prostituição não é crime, é uma profissão legalizada. Ilegais são as casas de prostituição, o que dá margem aos mais diversos tipos de abusos e corrupção.

Prostituição é vista como trabalho temporário


Foto 4 de 6 - Invariavelmente o trabalho é visto como temporário pelas próprias garotas de programaMais Leonardo Soares/UOL
De olho no aumento da exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou um projeto de lei na Câmara dos Deputados para regularizar a profissão das prostitutas. Ele quer que a proposta seja aprovada até 2014, para evitar a proliferação de casos como o divulgado no último dia 10, quando uma jovem conseguiu fugir de uma casaonde era explorada sexualmente e mantida em cativeiro, em São Paulo.

ADOLESCENTE FOGE DE CASA DE PROSTITUIÇÃO EM SÃO PAULO

Não é a primeira vez que uma iniciativa como a de Wyllys é levada a cabo no Brasil. O ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) já havia protocolado um projeto semelhante durante seu mandato (1995-2011), mas o texto foi arquivado após ele deixar a Câmara. Agora, o diálogo com as prostitutas voltou a ganhar força, com a expectativa gerada por estes dois grandes eventos esportivos.
Em entrevista ao UOL, Jean Wyllys explicou a necessidade de um projeto como este, enfatizando sempre a urgência da regularização das casas onde são prestados serviços sexuais e a diferença entre prostituição e exploração sexual.
UOL - Por que um projeto de lei que regulamente o trabalho das prostitutas?
Jean Wyllys - Há uma demanda pelo serviço sexual das prostitutas e dos prostitutos, pois a prostituição não é só feminina. Essas pessoas existem, elas são sujeitos de direitos. As prostitutas se organizaram em um movimento político nos anos 70 e início dos anos 80, um movimento que no Brasil foi encabeçado principalmente pela Gabriela Leite, fundadora da grife Daspu e presidente da ONG Da Vida. O projeto é um esforço de atender à reivindicação deste movimento. Tais reivindicações estão em absoluto acordo com a minha defesa pelas liberdades individuais, pela defesa dos direitos humanos de minorias, ou seja, não é uma pauta alienígena ao meu mandato, ao que eu defendo, como os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, a descriminalização das drogas e os direitos dos LGBTs. Já houve uma tentativa de atender à demanda deste movimento antes [com o ex-deputado Gabeira], e eu retomei. Então temos uma segunda tentativa agora, com um projeto mais bem-elaborado e construído em parceria com o movimento social. Antes de eu protocolar esse projeto, ele foi submetido a várias reuniões com lideranças do movimento das prostitutas e com feministas. Foi um projeto amplamente discutido.
UOL - Em que pé está a tramitação do projeto na Câmara?
Wyllys
 - O projeto está agora na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, onde será relatado pela deputada Érika Kokay (PT-DF), que é favorável a ele. Em seguida, vai para a Comissão de Seguridade Social e Família e, depois, para plenário. Mas esse projeto tem um objetivo maior, que é garantir dignidade às profissionais do sexo, reconhecer seus direitos trabalhistas. Atualmente, elas não contam com dignidade, são exploradas por redes de tráfico humano, por cafetões e por proxenetas. Por que isso acontece? Porque a prostituição não é crime no Brasil, mas as casas de prostituição são. E são poucas as prostitutas que trabalham de maneira absolutamente autônoma, sem precisar de um entorno e de relações. Então, a maioria delas acaba caindo em casas que operam no vácuo da legalidade. O projeto quer acabar com isso. Garantir, portanto, direitos trabalhistas e uma prestação de serviço em um ambiente absolutamente seguro. Outro objetivo do projeto é o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Um erro muito cometido pela imprensa, um erro comum, é falar em prostituição infantil. Não existe prostituição infantil. A prostituição é uma atividade exercida por uma pessoa adulta e capaz. Se uma criança faz sexo em troca de dinheiro, em troca de objetos, seja lá o que for, esta criança está sendo abusada sexualmente, e exploração sexual é crime. Atualmente, muitas crianças são exploradas em casas de prostituição, justamente porque essas casas são ilegais, elas não têm fiscalização. Quando a polícia consegue investigar uma casa, o policial acaba recebendo propina. E as prostitutas adultas não podem sequer denunciar. Se denunciarem, o proxeneta mata. É uma situação que não pode continuar. O que pode resolver este estado de coisas é um projeto que regulamente a atividade das prostitutas e torne legais as casas de prostituição.
UOL - Então o projeto está focado na legalização das casas?
Wyllys - 
Exatamente, porque a prostituição não é crime no Brasil. A prostituição é estigmatizada e marginalizada, mas não é crime o que a prostituta faz, ela não é uma criminosa. O que é crime, segundo o Código Penal, é a casa de prostituição. Só que, ao fazer da casa de prostituição um crime, a prostituta é taxada como criminosa, porque nenhuma prostituta é autônoma a ponto de trabalhar sozinha. E, embora a casa de prostituição seja crime, eu, você, toda a imprensa e a polícia sabe que há casas de prostituição funcionando. Se estão funcionando no vácuo da legalidade, alguém está permitindo que funcionem assim, alguém está recebendo propina para não denunciá-las. Temos aí o crime da corrupção policial como um crime decorrente da ilegalidade das casas. Então, é melhor para todo mundo que as casas operem na legalidade, que o Estado possa recolher impostos, fiscalizá-las, levar políticas públicas de saúde da mulher e, sobretudo, proteger as crianças e adolescentes.

UOL - O projeto de lei contempla apenas prostitutas mulheres acima dos 18 anos ou outras formas de prostituição, como a masculina e a de travestis?

Wyllys - Todas as pessoas adultas e capazes, incluindo as mulheres transexuais, as travestis e os garotos de programa. Então, a ideia é para todos, é um projeto que vai se aperfeiçoar na medida em que ele for sendo relatado, porque a cada relatoria novas questões vão sendo incorporadas. Num primeiro momento, eu ouvi muito mais as mulheres, é verdade, porque esse movimento está organizado desde o final dos anos 70. Os garotos de programa não se mobilizaram em um movimento político, eles existem como um coletivo disperso.
UOL - Há um prazo para o projeto ir a plenário?
Wyllys - 
Não, não há um prazo, porque tem a tramitação nas comissões. Eu vou colocar todas as minhas relações na Câmara para fazer o projeto tramitar, e é claro que eu vou contar com aliados, porque haverá uma bancada que provavelmente vai se opor ao projeto, e vai se opor por puro moralismo. A oposição que eu vou ter é esta, é uma oposição moral. Mas eu vou concentrar todos os meus esforços para fazer o projeto tramitar o mais rápido possível, antes da Copa do Mundo. Talvez converse com as lideranças da bancada do PT, que são prováveis aliados, com bancadas de esquerda e com a bancada feminina, que é uma bancada controversa, porque não há um consenso nesta bancada sobre a prostituição.
UOL - Quais as principais barreiras para a aprovação do projeto no Congresso?
Wyllys - 
Essa bancada moralista, a bancada conservadora que reúne evangélicos fundamentalistas, católicos fundamentalistas e conservadores laicos, que não são católicos nem evangélicos, mas são conservadores, hipócritas, moralistas.
UOL - E as principais barreiras na sociedade na luta pelos direitos das profissionais do sexo?
Wyllys - 
Eu não sei dizer, não vou falar em nome de toda a sociedade, detesto essa generalidade. A sociedade é muito diversa para eu falar em nome dela. O que posso dizer é que, desde que protocolei esse projeto, tenho recebido reações de apoio que me surpreendem, que vêm de pessoas que eu nem esperava que fossem apoiar. E, ao mesmo tempo, claro que apareceram vozes dizendo que o deputado Jean Wyllys quer incentivar a prostituição. É um discurso rasteiro. Eu não quero incentivar a prostituição, as prostitutas existem, elas estão aí prestando serviço, e, se há um serviço, há demanda. A sociedade que estigmatiza e marginaliza a prostituta é a mesma sociedade que recorre a ela. Eu não estou inventando este estado de coisas. Na narrativa mais antiga produzida pela humanidade, a prostituição já é citada. Não é à toa que dizem que é a profissão mais antiga do mundo. Eu quero dar dignidade a estas profissionais, sobretudo o proletariado. Pois aquela prostituta de classe média alta que divide um apartamento no Rio ou nos Jardins de São Paulo talvez seja menos vulnerável que o proletariado da prostituição, que depende das casas e de exploradores sexuais. Eu quero proteger os direitos delas, garantir a dignidade e combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. Qualquer pessoa de bom senso entende isso e se coloca a favor do projeto. Quem tem se colocado contra é quem quer deturpar deliberadamente o projeto ou pessoas muito moralistas, que acham que a prostituição é um mal em si. E aí não adianta você argumentar que é uma questão de liberdade individual, que uma pessoa adulta pode escolher ser prostituta. Se as pessoas não compreendem isso, vão achar sempre que a prostituição é uma desgraça.

Minas realiza primeira edição do "Miss Prostituta"



Foto 18 de 19 - A campeã foi Giovana da Silva, ou simplesmente "Mara". De Vila Velha, no Espírito Santo, a moça era só alegria. "Agora, vai ser diferente a minha vida. Vou ser mais conhecida pelas pessoas" Mais Rayder Bragon/UOL
UOL - Que situação o senhor visualiza no Brasil durante a Copa e as Olimpíadas?
Wyllys - 
Eu acho que vai haver um aumento da demanda por serviços sexuais, porque haverá muito mais turistas. As pessoas vão prestar esses serviços, então que elas prestem os serviços dentro de regras mínimas, que proteja tanto um quanto outro. Quantos turistas não são levados por redes de exploradores de prostitutas, em que elas servem de laranja para um crime? É para proteger ambos os lados, não só o lado de quem oferta o serviço, mas também de quem demanda.
UOL - O senhor conversa com prostitutas sobre as perspectivas para esses dois eventos esportivos?
Wyllys - 
Sim, claro. Como eu disse, esse projeto foi construído com elas. Estive com prostitutas no Pará, na Bahia, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais. E por meio de redes sociais. É uma demanda das prostitutas, que encontraram no meu mandato o diálogo que elas tinham antes com o Gabeira. Eu sou o único deputado hoje que pode abrir o mandato para essa demanda. Os deputados têm medo dessa pauta, têm medo de serem estigmatizados por essa pauta, de serem difamados e de perder as eleições. Eu não tenho medo de perder as eleições, não nasci deputado, sou professor universitário e jornalista. Se eu não conseguir me reeleger na próxima eleição, tenho meu trabalho, minha profissão. Então, eu não vou temer defender uma minoria. As prostitutas têm uma perspectiva em relação à Copa do Mundo e às Olimpíadas de que a exploração vai aumentar, elas vão ser expostas a uma violência ainda maior, a integridade das crianças e adolescentes vai estar ainda mais ameaçada.
UOL - Como o senhor avalia o surgimento de movimentos neofeministas como o ucraniano Femen, que realiza protestos na Europa contra a prostituição?
Wyllys - 
Existem feminismos no plural, e não feminismo. Eu não vou falar do Femen, porque não conheço essas meninas, para além de elas colocarem o peito na rua. Mas eu conheço o feminismo de longa data, eu me considero feminista e tenho muitas amigas feministas. Há um feminismo de viés esquerdista e socialista que é abolicionista, ou seja, quer abolir a prostituição, porque considera a prostituição um subproduto do regime capitalista. Esse discurso é equivocado, na medida em que antes do capitalismo já existia a prostituição. De mais a mais, todos somos mercadoria numa sociedade capitalista, todos nós vendemos a nossa força de trabalho, utilizamos o nosso corpo para empreender e executar esse trabalho. Não é por conta disso que a gente vai negar a uma categoria os direitos trabalhistas. O outro equívoco desse feminismo socialista é que ele advoga pela autonomia da mulher sobre o seu corpo, e aí quer tutelar o corpo da mulher dizendo que ela não tem o direito de prestar um serviço sexual com o seu corpo. Que história é essa? Então você faz um discurso de que quer libertar a mulher e de que a mulher é dona de seu corpo, que não se pode tutelar o corpo da mulher, para tutelar o corpo da mulher? Ora. Tanto é que na França há um embate entre a ministra dos Direitos das Mulheres [Najat Vallaud-Belkacem, que é feminista abolicionista] e o movimento das prostitutas, que dizem "nós escolhemos ser prostitutas, não somos vítimas. A gente só quer trabalhar com dignidade e garantir os nossos direitos". Ou seja, a mulher tem que ter autonomia sobre o seu corpo, inclusive para se prostituir, se ela quiser. E há ainda um terceiro ponto no discurso dessas feministas, que as coloca ao lado da Igreja. Se estas feministas lutam pelo direito ao aborto, como elas podem dar mão à igreja contra o direito à prostituição? Não lhe parece um paradoxo, que elas defendam o direito ao aborto e neguem à mulher o direito a se prostituir? Isso é moralismo e um policiamento da sexualidade feminina.

Homem recebe indenização de R$ 30 mil após ter 'nome sujo' 32 vezes


Do UOL, em São Paulo
Um homem ganhou na Justiça o direito de receber uma indenização de R$ 30 mil após ter o nome incluído em uma lista de devedores por 32 vezes, de forma irregular, pelo mesmo estabelecimento. E, o pior, sem nunca ter feito qualquer compra no local. 

Ainda segundo o relator do processo, a empresa deveria provar que o consumidor deve antes de colocar o nome dele em uma lista de devedores.
O morador de Joinville, em Santa Catarina, teve o nome protestado por uma empresa de materiais de construção de Santos, no litoral de São Paulo. A distância entre as duas cidades é de mais de 600 km.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou que seja paga indenização para o consumidor que teve o nome inscrito, de forma irregular no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) por danos morais.
"No caso sub judice, portanto, constitui fato incontroverso a ausência de relação negocial entre as partes, bem como a inscrição indevida do autor no rol de devedores do serviço de proteção ao crédito", afirmou o relator do processo.

Armadilha da polícia prende 50 pedófilos na Flórida

EFE

Cinquenta pessoas foram detidas na Flórida (EUA) depois de uma armadilha da polícia para capturar pedófilos, que acreditavam estar indo a um encontro sexual com menores de idade, informaram as autoridades.

Segundo um comunicado da polícia do condado de Seminole (Flórida), a Operação Cardea, da qual participaram 16 corpos de segurança diferentes, se prolongou por uma semana e foi finalizada na segunda-feira (14) com a detenção de 50 adultos com idades compreendidas entre 19 e 60 anos, entre eles um professor.

Todos os detidos viajaram para uma cidade no centro da Flórida enganados por agentes que através de e-mail, chat ou telefone os fizeram acreditar que estavam falando com um menor ou com pais que estariam explorando seus filhos sexualmente.

As autoridades da Flórida fizeram pública a lista de todos os detidos e, segundo a imprensa local, alguns deles já se desligaram de seus respectivos empregos.

Caso Thor: o grave acidente e a lição salva-vidas


Por Milton Corrêa da Costa

Decisão da Justiça suspende processo de homicídio contra Thor Batista.


Uma decisão (liminar) da Justiça acaba de suspender o processo de homicídio culposo a que Thor Batista responde. Há cerca dez meses o jovem envolveu-se num grave acidente de trânsito em que um ciclista foi atropelado e morto. Thor estava na direção de uma Mercedes-Benz SRL Mc Laren e o acidente se deu no período da noite, na rodovia Washington Luis, na localidade de Xerém, Município de Duque de Caxias, na região do Grande Rio. A perícia indireta, contratada pela defesa de Thor, apontou que a velocidade máxima de deslocamento do carro de Thor era de 104,4 km/h.
Ressalte-se que nos últimos dez anos cerca de 350 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no Brasil, o equivalente a cerca de nove vezes a capacidade total do Estádio do Engenhão, no Rio, sem contar nos milhões de vítimas que resultaram feridas, algumas adquirindo sequelas irreversíveis pelo resto de suas existências. Acidentes fatais, na violência diária do trânsito brasileiro, acontecem. portanto, a todo instante, porém Thor Batista é filho de um empresário de sucesso e será sempre notícia, como herdeiro de um grande império.
Alguns fatos colocaram o jovem, de início, em situação de comodidade em relação a sua culpabilidade no acidente fatal. Primeiramente porque, segundo declarações de policiais rodoviários, Thor Batista não apresentava nenhum sinal de ingestão de bebida alcoólica. Em contrapartida, o exame cadavérico do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, concluíra que a vítima fatal possuía, em sua corrente sanguínea, um alta dosagem de alcoolemia: 15,5 decigramas de álcool por litro de sangue. Ou seja, quase oito vezes o teor alcoólico tolerável ( 2dg) para condutores de veículo automotor. Ademais, noticiou-se que a vítima foi colhida pelo carro de Thor quando atravessava a via escura com sua bicicleta, no centro da pista de rolamento, e não no acostamento da rodovia como o relato inicial de algumas testemunhas.
No entanto, o auto de local de exame, elaborado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, sobre a velocidade com que Thor conduzia o veículo, concluiu que Thor dirigia a cerca de 135 km/h, numa rodovia em que o limite máximo permitido era de 110 km/h. Thor, até prova em contrário, também passou a ter culpabilidade no acidente, face ao constante no laudo oficial.
A defesa contestou os critérios pelos quais chegou-se àquela conclusão no laudo pericial. Como não teve acesso a um novo documento, apresentado tão somente ao Ministério Público, com os critérios de natureza técnica (metodologia de cálculo utilizada) que levaram os peritos àquela conclusão, a defesa impetrou recurso onde uma liminar, em favor de Thor Batista, foi concedida pela autoridade judiciária competente. A defesa alegou inclusive que o laudo passaria a ser nulo.
Registre-se que a ampla defesa e o contraditório também incluem o acesso, sob pena de violação de direitos, a laudos periciais, para análise de todas as informações técnicas disponíveis do processo. Um direito tanto da acusação quanto da defesa, não há dúvida. É o que se chama de Princípio da Paridade, onde as oportunidades têm que ser iguais para ambas as partes.Todavia, se o laudo oficial do local do acidente é uma “peça de ficção” como alegado de início pela defesa do acusado, caberá a esta provar em juízo tal afirmativa.
Fica a dúvida, porém, se em razão da concessão da presente medida liminar, Thor Batista estaria ou não, neste momento, apto legalmente para dirigir, uma vez que até então existia contra si uma medida de suspensão do direito de dirigir ( vide Artigo 294 do Código de Trânsito Brasileiro) imposta pelo próprio Poder Judiciário. Na área administrativa Thor foi submetido a novos exames de habilitação e devidamente aprovado.
O fato é que Thor, por pura sorte, escapou ileso de um grave acidente. O importante também -sua culpabilidade ou não será decidida pela Justiça- é que assimile, daqui pra frente, o ensinamento de que o carro, mormente num país de imprudentes e descuidados motoristas, é uma perigosa arma mortífera. Jovens, ainda em período de formação social, no aprendizado da vida, têm no volante de um carro a possibilidade de demonstração de poder, de desafio ao perigo e do comportamento competitivo exacerbado, características que lhes são muito peculiares. De quando em vez acabam envolvendo-se em tragédias fatais, em rodovias e vias urbanas, enlutando inúmeras famílias. Convém lembrar também que ciclistas, motociclistas e pedestres dão causa a inúmeros acidentes de trajeto no país.
Dirigir, portanto, não é lazer. Ao volante de um automóvel todo o cuidado é pouco. Aprenda-se definitivamente a importante lição que salva vidas.
Milton Corrêa da Costa é tenente coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro

Morre vítima de ‘câncer de próstata’, o Vice prefeito de Vila Nova dos Martírios



bida-cunhaImperatriz - Morreu na manhã desta terça-feira (15/01), por volta das 6h00 da manhã aos 78 anos, o vice-prefeito de Vila Nova dos Martírios e ex-vereador de Imperatriz (período de 1986 a 1990), Bida Graciano da Cunha.
Quando vereador, o mesmo fazia parte da bancada do ex-prefeito Jose Fiquene. Em 01 de Janeiro de 2013 foi empossado como vice-prefeito de Vila Novas dos Martírios.
Bida Graciano da Cunha (78), natural da cidade de Dom Pedro – MA, morreu vítima de câncer na próstata, ele estava internado há alguns dias no Hospital São Rafael em Imperatriz.
Com a morte de Bida, o cargo de vice-prefeito de Vila Nova dos Martírios será ocupado pelo presidente da Câmara.
Por Antonio Marcos
Com informações do Blog Notícias da Foto