quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Brasileiros já pagaram mais de R$ 100 bilhões em impostos em 2013


Impostômetro da ACSP alcançou a marca nesta quarta-feira (23).
Valor foi atingido com um dia de diferença, na comparação com 2012.



Do G1, em São Paulo

Marca de R$ 100 bilhões foi alcançada nesta segunda-feira (23) (Foto: Reprodução)Marca de R$ 100 bilhões foi alcançada nesta
quarta-feira (23) (Foto: Reprodução)
O valor pagos pelos brasileiros neste ano em impostos federais, estaduais e municipais desde desde o 1º dia do ano superou nesta quarta-feira (23), por volta da 11h20, a marca de R$ 100 bilhões, segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Na comparação com o ano passado, a marca foi registrada com um dia de antecedência, já que em 2012 esse valor só foi alcançado no dia 24 de janeiro.
“Como a economia deve crescer mais em 2013, pode-se esperar maior expansão da receita fiscal neste ano. Embora não se vislumbre a redução da carga tributária por enquanto, esperamos que haja maior destinação de recursos para investimentos, ao invés de gastos de custeio, para que a economia possa sustentar o crescimento nos próximos anos”, afirmou em comunicado o presidente da ACSP, Rogério Amato.
Em todo o ano de 2012, o valor total pago pelos brasileiros em impostos contabilizado pelo impostômetro chegou a R$ 1,556 trilhão.
Inaugurado em abril de 2005 pela ACSP, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPTx), o painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista.
O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet na página do "Impostômetro". Na ferramenta é possível acompanhar quanto o país, os estados e os municípios estão arrecadando em impostos

Médico de 60 anos suspeito de apalpar seios de garota com dor de garganta é preso em Porto Alegre


Flávio Ilha
Do UOL, em Porto Alegre
Um médico de 60 anos foi preso nesta segunda-feira (21) em Porto Alegre suspeito de abusar sexualmente de suas pacientes durante consultas em postos de saúde de Esteio (região metropolitana de Porto Alegre) e na praia de Quintão, no litoral norte do Rio Grande do Sul. O acusado nega as acusações e diz que foi mal interpretado pelas pacientes.
O médico, identificado como Artur Rigatto Witt, foi preso em casa, no centro de Porto Alegre, e não ofereceu resistência. Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, responsável pelo inquérito, o homem simulava a necessidade de examinar os seios das pacientes durante o atendimento e passava a apalpá-los, mesmo que as vítimas indicassem estar com problemas de saúde em outras partes do corpo.
As vítimas eram, em sua maioria, adolescentes ou mulheres jovens. Dois casos foram registrados ainda em dezembro passado, nos dias 10 e 27, no posto de saúde de Esteio. Segundo Ractz, o médico apalpou os seios de uma adolescente de 16 anos, que procurou atendimento com dor de garganta, e de uma mulher de 21 anos, que se queixava de dor de cabeça.
No dia 2 de janeiro deste ano, no posto de saúde da praia de Quintão, a vítima foi uma adolescente de 15 anos, que também buscou consulta para uma dor de garganta. Os três casos foram denunciados pelas próprias vítimas em boletins de ocorrência na polícia.
O delegado, titular da 1ª delegacia de Osório (100 km de Porto Alegre), informou que o procedimento do médico configura violação sexual mediante fraude, sujeito a pena de até seis anos de reclusão. Segundo Ractz, o suspeito ainda foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição. Após a prisão, Witt foi levado à Penitenciária Modulada Estadual de Osório.

Relembre crimes e julgamentos brasileiros famosos

Foto 14 de 42 - Multidão acompanha do lado de fora do Fórum de Santana o o julgamento do caso Nardoni, em 2010. Isabella Nardoni, 5, foi jogada na noite de 29 de março de 2008 do sexto andar de um edifício na zona norte de São Paulo. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Jatobá, foram condenados a 31 anos e 26 anos e oito meses, respectivamente Mais Adriano Vizoni/Folhapress - 22.mar.2010

Jovem de 21 anos, com estrutura física de uma criança, está grávida de 3 meses


NANISMO//GRAVIDEZ DE RISCO »
Publicação: 22/01/2013 07:57 Atualização: 22/01/2013 08:43
A gravidez de Francinete deve ser interrompida imediantamente, e feto deve ser retirado, a família pede ajuda (HONORIO MOREIRA/OIMP/DAPRESS)
A gravidez de Francinete deve ser interrompida imediantamente, e feto deve ser retirado, a família pede ajuda
Francinete Ribeiro dos Santos tem 21 anos e atualmente enfrenta o terceiro mês de uma gestação de risco. Em contato telefônico com O Imparcial, o pai da gestante, João Batista, informou que a gravidez da filha precisa ser interrompida antes de completar seis meses, já que ela tem nanismo e apresenta a estrutura corpórea de uma criança. No entanto, a jovem perdeu uma consulta ontem, em que marcaria o procedimento de retirada do feto, e só vai retornar para uma nova consulta na próxima sexta-feira.

De acordo com João Batista, além da condição física, Francinete dos Santos também já teve o diagnóstico de deficiência mental, tendo de interromper os estudos muito cedo. Ele disse que a menina sentia fortes dores de cabeça, e a família teria recebido a recomendação de professores e médicos para que dispensassem atenção especial à filha em casa, a fim de evitar o agravamento dos transtornos.

Atualmente, a família de João Batista, que conta com 11 filhos, mora em uma invasão no Povoado da Matinha, município de São José de Ribamar. Além do pai, dois filhos mais velhos trabalham informalmente para garantir o sustento de todos, que ainda estariam correndo o risco de serem despejados do terreno. No entanto, para não ficar sem um teto, João Batista informou que há muito tempo vem tentando erguer algumas moradias em uma propriedade que possui na Matinha.

Por conta da rotina puxada, João Batista disse à reportagem que, além das consultas médicas, ele não tem condições de providenciar a assistência de Francinete dos Santos junto a outras instituições, como o Conselho Tutelar. Segundo o pai da gestante, o companheiro dela, com cerca de 22 anos, viria cuidando de tais providências. João Batista se disse preocupado com a saúde da filha, pois tem receio de que os atendimentos a serem realizados não sejam bem sucedidos.

Por telefone, a conselheira tutelar de São José de Ribamar, Ângela Coqueiro, esclareceu que a atuação dos Conselhos Tutelares em casos similares ao de Francinete dos Santos envolve o acompanhamento do parto de mulheres com deficiência mental, de acordo com determinação judicial, podendo a criança, em razão da incapacidade da mãe de assumir a maternidade, ser entregue à família ou destinada à adoção. Por haver a necessidade de retirada do feto, Ângela Coqueiro informou que o caso poderia ser de atribuição do conselho da mulher do município. Ela disse que entraria em contato com a família de Francinete dos Santos, a fim de tomar conhecimento de detalhes da situação, e orientar os responsáveis quanto aos procedimentos a serem seguidos.

PASTOR SE REVOLTA COM SEGREDO REVELADO

Silas Malafaia diz que vai "ferrar" a Forbes após divulgação de patrimônio

Publicação: 22/01/2013 10:34 Atualização: 22/01/2013 10:39
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse que vai entrar na justiça contra a revista Forbes para "ferrar esses caras". Na semana passada, Malafaia e outros pastores evangélicos "multimilionários" foram tema de reportagem da publicação nortemaericana que listava o patrimônio de cada um e mostrava a fé como um "negócio altamente lucrativo" no Brasil.

Malafaia defende que seus bens somam 6 milhões de reais e não 150, como apontou estimativa da reportagem.

As declarações foram dadas à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Ou seja, segundo o pastor, sua fortuna chegaria a apenas 4% do divulgado pela reportagem, que, por sua vez, alega basear-se em números da imprensa brasileira e, em alguns casos, do Ministério Público e da Polícia Federal.

"Vivo de renda voluntária. Eles me prejudicaram. (O fiel) vê aquilo e pensa, 'ih, não vou (dar o dízimo), tá me roubando", disse ao jornal.

SILÊNCIO
Malafaia é o único dos 5 pastores mencionados a se posicionar publicamente contra a matéria da Forbes. Edir Macedo, que aparece como o mais rico do Brasil - com patrimônio de quase um bilhão de dólares - além de R.R. Soares, Valdemiro Santiago e o casal Sonia e Estevam Hernandes não divulgaram notas ou se manifestaram nas redes sociais.

No mesmo dia da publicação, Malafaia já havia divulgado resposta em que diz que nunca escondeu nada da imprensa.

"Se juntarmos a receita da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, QUE NÃO É MINHA, mais a receita da Associação Vitória em Cristo, QUE NÃO É MINHA, com mais o faturamento da Editora Central Gospel, que é minha propriedade, e mais as ofertas voluntárias que recebo por palestras dadas, somando tudo isto, não dá a metade do que eles anunciaram como receita pessoal minha. É só para vocês verem a safadeza e a cachorrada desses inescrupulosos.", escreveu.

À Folha, Malafaia disse que os seis milhões de reais de seus bens se resumem a uma casa e um apartamento no Rio de Janeiro e na Flórida, respectivamente, além de três imóveis dados aos filhos.

Professora é assassinada pelo ex-marido na Zona Leste de SP


O homem manteve a ex-mulher refém. Depois de quatro horas de negociação, o motorista matou a mulher a facadas e depois se feriu.




Uma professora foi assassinada pelo ex-marido em Guaianases, Zona Leste deSão Paulo. O casal já estava separado, mas os vizinhos contaram que todos os dias o ex-marido ia até a casa, discutia e batia na mulher. Na terça-feira (22) ele voltou. A polícia foi chamada e o homem manteve a ex-mulher refém.
Foram quatro horas de negociação. Os policiais do GATE decidiram invadir a casa. O motorista matou a mulher a facadas e depois se feriu, por isso foi levado ao hospital. Ele vai responder por homicídio doloso - quando há intenção de matar.

Suspeito de matar ex-mulher é liberado após confessar crime


Crime ocorreu no sábado na Avenida Senador Queiroz.
Câmeras de segurança registraram momento em que vítima foi baleada.



Do G1 São Paulo
rios
Um homem suspeito de matar a ex-mulher no Centro de São Paulo que se entregou à polícia na tarde desta terça-feira (22) foi liberado após confessar o crime. Câmeras de segurança registraram o crime na Avenida Senador Queiroz. Liliane de Assis Lopes, de 23 anos, foi baleada após deixar o trabalho, na madrugada de sábado (19).
Segundo a polícia, Ariel Charles Rodrigues de França teria matado Liliane por ciúmes e por causa de uma pensão alimentícia da filha.
Imagens de uma câmera de segurança mostram que a vítima tentou se proteger atrás de um homem, quando o suspeito atirou pela primeira vez. Liliane e o homem caíram. O assassino ainda deu vários tiros na mulher e fugiu. O homem não se feriu.
Os policiais militares encontraram a vítima ferida. Ela foi socorrida por uma equipe de resgate e levada ao Pronto-Socorro do Hospital do Servidor Municipal, onde morreu.
Suspeito tem antecedentes criminais, de acordo com o delegado José Sampaio. “Ele já cumpriu uma pena de dois anos por receptação e também ficou 1 ano e 7 meses preso em uma prisão preventiva por homicídio”, declarou.

França apresentou a arma do assassinato de Liliane. Apesar da confissão, das imagens das câmeras de segurança e da ficha criminal, o suspeito responderá pelo crime em liberdade. “Ele se comprometeu a comparecer a todos os atos do inquérito e do processo”, disse o advogado que o acompanhava.

A polícia, no entanto, não descarta pedir prisão do suspeito posteriormente. A participação de um motorista que levou França na fuga do local do crime também será investigada.

Ceará desembolsa R$ 650 mil para Ivete inaugurar hospital


NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
O governo do Ceará pagou R$ 650 mil por um show da cantora Ivete Sangalo na inauguração de um hospital em Sobral, berço político do governador Cid Gomes (PSB) e de seu irmão Ciro Gomes.
O gasto é alvo do Ministério Público de Contas local, que questiona o valor da apresentação, realizada na sexta-feira passada.
A Promotoria listou seis shows de Ivete contratados por prefeituras em 2012, entre elas a do Rio de Janeiro, por valores entre R$ 400 mil e R$ 500 mil.
Afirmou ainda que o governo deveria ter apresentado três orçamentos distintos, mas só anexou dois --entre eles o de um show da própria Ivete no Réveillon de 2011, pelo qual a administração Cid pagou R$ 840 mil.
Para o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Gleydson Alexandre, o show do fim de ano não pode servir de parâmetro porque nessa época "cachês são sempre aumentados".
"A lei autoriza que entes públicos contratem sem licitação, mas o Estado não cumpriu a justificativa de preços."

Moradores do assentamento Milton Santos invadem Instituto Lula em SP


DE SÃO PAULO
Cerca de cem pessoas, ameaçadas de despejo de um assentamento regularizado há sete anos no interior de São Paulo, invadiram por volta das 6h30 desta quarta-feira o Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul da capital.
Segundo representantes do assentamento, o grupo quer com a invasão fazer com que o ex-presidente Lula interceda por eles junto à presidente Dilma Roussef para que assine um decreto de desapropriação por interesse social, para encerrar disputas pela propriedade da área.
Os moradores do assentamento, localizado entre Americana e Cosmópolis (interior de SP), foram notificados por um oficial de Justiça a desocuparem a área até o dia 30 deste mês.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) também já foi notificado sobre a medida.
Desde a tarde de ontem (22), outros representantes do assentamento fazem greve de fome em frente à Secretaria da Presidência da República em São Paulo.
No último dia 15, outras 120 pessoas invadiram a sede do Incra, na região central de São Paulo, e impediram a entrada de funcionários no local.
TEMOR
Os lavradores temem que o assentamento Milton Santos seja invadido pela Polícia Militar e que haja uma reintegração de posse violenta, semelhante à ocorrida há um ano no Pinheirinho, em São José dos Campos (SP).
A maioria das casas é de tijolos. Nos lotes, há hortas, criações de animais e algumas famílias contam com antena de TV por assinatura.
Os lotes, que somam cem hectares, têm plantações como milho, mandioca, abóbora e banana. Pelas regras do MST, não se usa agrotóxico.
Os agricultores produzem para consumo próprio, mas também vendem para prefeituras que usam os alimentos na merenda escolar. A ameaça de despejo obrigou muitos a desistir do comércio.
Rosângela Borges, 39, teme não conseguir cumprir um novo contrato. Por isso, desde setembro, deixou de vender R$ 1.000 mensais de mandioca e verduras. "Você se estabiliza e aí vem um tranco desses", afirma.
Vanessa Facchini, 29, diz não conseguir dormir direito. Ela não quer ser surpreendida pela polícia. O marido pede à Folha para não ser fotografado, pois afirma que, se for preciso, vai resistir à reintegração de posse.
O Incra, órgão responsável pela reforma agrária, diz ter seguido os trâmites legais para transformar a área em assentamento em 2005.
Mas tanto a família dona do terreno até a década de 1970 -quando a área foi tomada para pagar dívidas com a União- como a Usina Ester, que ocupava o local antes dos agricultores, brigam na Justiça pela posse.
Em decisão referente à ação da usina, foi determinada a desocupação do imóvel. Mas ainda não há prazo definido para que isso ocorra.
O MST defende que haja um decreto de desapropriação por interesse social. Por essa área, já fez marcha na avenida Paulista em frente ao escritório da Presidência e conta com o apoio de parlamentares em intermediação com o Palácio do Planalto.
O problema é que, segundo o Incra e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apesar de a família Abdalla também ter decisão favorável para retomar a área, essa ação não foi concluída, e o terreno continua registrado como sendo do instituto.
Nenhum representante da usina quis se manifestar. A defesa da família Abdalla não foi localizada.

Como escolher a escola para a criança com deficiência intelectual?


  • Maria Laura Albuquerque
    Do UOL, em São PauloThinkstock
    Crianças com qualquer tipo de deficiência têm o direito de frequentar uma escola regular ou comum
    Crianças com qualquer tipo de deficiência têm o direito de frequentar uma escola regular ou comum
Escolher a escola é uma das decisões importantes que os pais têm de fazer sobre o futuro do filho. Quando a criança tem alguma deficiência intelectual, os adultos se deparam com a necessidade de definir ainda se a matrícula será em sala regular –em que ela conviverá com colegas da mesma faixa etária– ou em uma especial (em uma instituição específica ou em uma comum que ofereça turma separada), na qual ficará reunido somente com alunos que tenham algum tipo de deficiência.

Qual é a melhor opção? A opinião dos especialistas não é unânime. Depende, de acordo com Estevão Vadasz, coordenador de projetos de transtornos do desenvolvimento e coordenador-chefe do Ambulatório de Autismo, ambos do IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas) da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Vadasz diz que, para tomar a decisão, os pais, auxiliados por médicos e outros especialistas que trabalham com deficiências intelectuais, devem levar em conta o grau de atraso da criança, que é mensurado com testes neuropsicológicos e clínicos.

Se a deficiência for de grau muito leve, o especialista afirma que a pessoa pode frequentar a classe regular e, no período em que não estuda, ter assistência especializada para o reforço.

No caso de deficiência com grau profundo, é interessante que o aluno esteja em uma sala especial para a aprendizagem das disciplinas clássicas, como língua portuguesa e matemática, e se reúna com todos para aprender arte, esportes, música e outras atividades com caráter lúdico. "Se a família insistir para o filho com atraso profundo ficar na classe regular, estará se iludindo", de acordo com Vadasz.

O psiquiatra ainda afirma que o problema de o estudante com deficiência intelectual de grau profundo fazer parte de uma turma regular também tem a ver com os professores. Vários não estão preparados para a situação. É importante não esquecer que muitos autistas, por exemplo, precisam de atendimento individualizado.

Veja ideias de atividades físicas para pais e filhos fazerem juntos

Foto 1 de 6 - Consultoria: Ricardo Barros, pediatra e coordenador do grupo de trabalho em medicina esportiva da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria); Rodrigo Assi, preparador físico pós-graduado em fisiologia do exercício e fisioterapia no esporte; Joel Conceição Bressa da Cunha, pediatra do Departamento Científico de Saúde Escolar da SBP; Luís Fernando Taioli, professor de natação infantil da Academia Competition, em São Paulo, e Lucas Buendia, professor de esportes da Academia Competition Mais Orlando/UOL

Desafios versus aprendizagem

Fazendo um contraponto bastante severo a Vadasz, Jean-Robert Poulin, pesquisador canadense em inclusão escolar e coordenador do curso de formação de professores em Atendimento Educacional Especializado da UFCE (Universidade Federal do Ceará), declara que segregar alguém à sala especial, seja lá qual for a deficiência, é o mesmo que ensinar uma pessoa a nadar fora da piscina. "É necessária a convivência com todos e o enfrentamento de desafios cotidianos para haver aprendizagem."

Rita Vieira de Figueiredo, pesquisadora em inclusão escolar e coordenadora do mesmo curso que o canadense, afirma que obviamente o aluno com deficiência terá mais dificuldade para realizar a mesma tarefa que os demais. Para resolver a questão, basta o professor variar o formato de apresentação, flexibilizar o tempo e as expectativas e traçar metas de aprendizagem condizentes com ele, sem subestimá-lo. "Todos podem aprender", afirma Rita.

Para o período em que a criança não está na aula, ela sugere que o estudante frequente a chamada sala de recursos (espaço para atendimento especializado de estudantes com necessidades educacionais especiais) e seja atendido para trabalhar questões pontuais, como problemas de fala, de compreensão e de expressão.

A pediatra Ana Cláudia Brandão, responsável pelo ambulatório de Síndrome de Down do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, também diz que a turma regular é a melhor opção. Ela chama atenção para o risco de, na classe especial, convivendo somente ou a maior parte do tempo com colegas com deficiência, o aluno desenvolver um comportamento estereotipado.

"É na diversidade que ele vai ter contato com pessoas de comportamento diferente e aprenderá com elas", diz Ana Cláudia. Isso ajudaria a evitar, por exemplo, que a criança faça birra ou grite quando quer algo e, em consequência, sofra preconceito.

Embora discordem quanto ao tipo de sala de aula para a pessoa com deficiência intelectual, Vadasz, Poulin, Rita e Ana Claudia concordam que é essencial que os pais não afastem os filhos do convívio social em geral. "A vida não é só escola. A criança tem de frequentar vários ambientes. Isso é importante para evitar que ela desenvolva distúrbios de comportamento", diz Estevão Vadasz.

Ana Claudia ainda diz que, para educar alguém com deficiência intelectual, a família não pode esquecer que a criança vai se tornar um adulto e, por isso, precisa aprender coisas, fazer amizades, passear, ter sonhos, fazer planos e enfrentar desafios para ganhar autonomia.

"Os pais devem se identificar com os professores, com o projeto pedagógico e com o espaço físico. Não é necessário que a escola já tenha experiência com deficiências: o corpo docente aprende a trabalhar com uma situação diferente quando ela existe", declara a pediatra.

Escola regular: um direito

Os pais precisam estar cientes de que o filho com deficiência tem o direito de estudar em uma escola regular. O acesso é assegurado porque o Brasil decretou em 2009 que tudo o que está escrito na Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de 2007, deve ser cumprido.
Em território nacional também tem poder de lei o texto da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, assinada na Guatemala, em 1999. Ambos os documentos garantem o direito à educação de todas as pessoas com deficiência nas escolas comuns: a matrícula tem de ser aceita. 
"Ir à escola é essencial para qualquer pessoa. Se alguém com deficiência intelectual for deslocado para uma vida social à parte, sofrerá uma perda social considerável. A escola é o lugar onde as pessoas aprendem a viver a vida pública. Sem levá-la à escola, os próprios pais estarão negando esse direito aos filhos", diz Maria Teresa Égler Mantoan, professora da Faculdade de Educação e coordenadora do Leped (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade, ambos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Dia de chuva na praia? Veja brincadeiras para distrair as crianças dentro de casa

Foto 1 de 12 - Você programou férias com a família na praia para usufruir de diversão ao ar livre, mas a chuva tem dado as caras com frequência? Com um pouco de organização, criatividade e paciência, dá para distrair as crianças enquanto o tempo não melhora. Mas não se esqueça que brincar junto é fundamental. Veja ideias para espantar o tédio. | Fabiana Gonçalves - Do UOL, em São Paulo. Consultoria: Angela Soligo, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, em Campinas (SP); Márcia Sakoyo Nanaka, coordenadora pedagógica do Centro Social Marista Robru, em São Paulo, e Teresa Schoen, psicopedagoga e doutora em ciências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Orlando/UOL