terça-feira, 5 de março de 2013

A PM DA MARANHÃO NÃO ACEITA BANDIDOS LIVRES E PRENDE MAIS UM QUE TENTEU PROVAR DIFERENTE.


PM de Açailandia prende assaltante de banco com mais de R$ 65 MIL

acusado
Luis Oliveira da Silva (ACUSADO)
Cidelandia – Policiais da 5ª CI de Açailândia prenderam na madrugada desta segunda-feira (4), no município de Cidelândia, um assaltante de banco acusado de integrar a quadrilha que assaltou, no dia 26 de fevereiro, a agência do Bradesco, na cidade de Bom Jesus, no estado do Piauí.
Luis Oliveira da Silva, de 31 anos, segundo a PM do Maranhão, é morador do Povoado Marcolândia, onde foi localizado após denúncias. “Já havíamos trocado informações com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí e tivemos a comprovação de que ele é um bandido de alta periculosidade e bastante conhecido pela polícia piauiense pela prática desse tipo de crime. Durante as ações, ele sempre usa de muita violência, porém, o trabalho das polícias do Maranhão não tolera esse tipo de prática, e mais uma vez mostra que nosso estado não é um bom lugar para estes bandidos”, alertou o secretário Aluisio Mendes.
Os trabalhos que resultaram na prisão de Luis Oliveira da Silva foram desempenhados pela equipe de policiais da 5ª Companhia Independente, sediada em Cidelândia, sob coordenação do major Eurico Filho.
Segundo chegou ao conhecimento do comandante da corporação, o assaltante estaria abrigado em uma propriedade, localizada às margens da MA-125, no Povoado Marcolândia, e que teria envolvimento em assaltos a agencias bancárias no Norte e Nordeste do Brasil.
dinheiro
Dinheiro encontrado em poder do acusado
De posse da denúncia, os militares montaram a barreira policial e conseguiram abordar o suspeito, que passava em um táxi, entrando na cidade. “Ao revistarmos o veículo, nossos policiais encontraram a quantia de R$ 67.481. Em depoimento, ele confessou ter participado de roubo ao caixa eletrônico na referida agência bancária na cidade de Bom Jesus-PI, próxima à cidade de Picos, naquele mesmo estado”, acrescentou o major Eurico Filho.
Conduzido à 9ª Delegacia Regional de Açailândia, Luis Oliveira da Silva foi autuado em flagrante pelos crimes de falsidade ideológica, pois tentou se passar por outra pessoa; e tentativa de suborno, pois no momento da prisão chegou a oferecer dinheiro aos PMs que participaram da operação, para que fosse liberado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão providenciou o recambiamento do quadrilheiro para o Piauí, aos cuidados da Polícia Civil daquele estado.
Do Blog do Marcial Lima

‘Será um depoimento bombástico’, diz defesa sobre Bruno em júri


Advogado Tiago Lenoir afirmou que o goleiro contará toda a verdade.
Defesa comentou relação do jogador com outros réus.

Glauco AraújoDo G1, em Contagem (MG)





O advogado Tiago Lenoir disse nesta terça-feira (5) que Bruno Fernandes contará toda a verdade envolvendo o desaparecimento e a morte da ex-amante do jogador Eliza Samudio. “Será um depoimento bombástico”, disse sobre o momento em que goleiro falará ao júri. “Ele vai dizer o que teria ouvido e o que teria visto. Ele sabe de muita coisa. Ele é o Bruno. Ele é, em tese, o patrão. Ele é, em tese, quem tinha o dinheiro. Era ele quem sustentava aquele povo todo, então dizer que ele não sabia de nada seria ingenuidade”, afirmou.
(Acompanhe no G1 cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno).
Sobre a possibilidade de Bruno confessar ter mandado matar a modelo, Lenoir disse não ser uma orientação da defesa: “Se ele confessar será uma surpresa para nós”. O advogado também contou sobre a relação do jogador com os outros réus, os quais ele sustentava, de acordo com Lenoir. “Ele foi goleiro da nação rubro-negra, do Atlético-MG. O Bruno tem que ser goleiro dele mesmo. Ele foi goleiro de pelo menos nove famílias”, disse.
Em relação ao depoimento de Luiz Henrique Romão – o Macarrão -, em novembro de 2012, no qual o réu informou ter levado de carro a ex-amante do jogador até local indicado pelo goleiro, Lenoir disse que à época Bruno esperava a verdade do amigo. “Ele está muito chateado porque acreditava que o Macarrão também diria o que sabe, mas não falou”, contou nesta terça (5).
Na época, Macarrão também disse à juíza que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta. Macarrão afirmou ainda que alertou Bruno sobre o que podia acontecer, mas que o goleiro pediu para ele deixar "de ser bundão".

Durante a manhã desta segunda-feira (4), Bruno chorou e leu passagens da Bíblia enquanto estava na sala do júri. Lúcio Adolfo, advogado do goleiro, comentou sobre o momento em que o goleiro se emocionou: “Ontem eu quis abrir espaço para ele ser fotografado e criar um ambiente de simpatia. Queria ver quem não iria chorar diante de uma exposição como a que ele está sofrendo”.
Nesta segunda, o assistente de acusação, José Arteiro, disse ao G1 que havia a possibilidade de um acordo caso Bruno confesse o crime, o que foi negado na chegada para o segundo dia de júri. “Se ele confessar, estou perfeitamente disposto a ajudá-lo a cumprir uma pena menor. Mas, se ele quiser insistir na tese de empurrar toda a culpa para o Macarrão, ai eu vou lutar para ele ficar mais de 40 anos naquele presídio Nelson Hungria e sem direito a frigobar e nem whisky na cela”, disse José Arteiro. Porém, nesta terça-feira (5), disse não estar interessado se o goleiro vai admitir ou não ser o mandante do crime contra a ex-amante Eliza Samudio. “Não estou interessado na confissão dele, essa confissão para mim pouco importa. as provas do processo são muito boas e ele vai dançar”, disse.

Os advogados de Bruno afirmam que não haverá acordo para a confissão de Bruno Fernandes. “Não existe acordo. Aquela imoralidade, indecência que aconteceu com o Macarrão é absolutamente irregular. Aquilo é ilegal, não existe no direito brasileiro”, disse Lúcio Adolfo.  Outro advogado do atleta, Tiago Lenoir, falou que a confissão de Bruno não é estratégia da defesa. "Se o Bruno quiser confessar, será ele confessando e não a defesa instruindo que ele confesse, até porque o trabalho da defesa é trabalhar com as provas dos autos. Não precisa de acordo para fazer isso. A defesa está agindo pela ausência de culpa por parte do Bruno", disse.

Bruno é acusado de planejar a morte da ex-amante Eliza Samudio, em crime ocorrido em 2010. Ele responde pela morte e ocultação de cadáver da modelo de 25 anos e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com a jovem. O julgamento da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, também começou na manhã desta segunda-feira. Ela responde por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.
Segundo dia
O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza chegou ao Fórum de Contagem por volta das 8h20 desta terça-feira (5) para o segundo dia do júri do caso Eliza Samudio. Ele deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sob forte esquema de segurança. O comboio escoltado também levou o detento Jaílson de Oliveira, que deve depor como testemunha.
Bruno sai da Penitenciária Nelson Hungria em direção ao fórum. (Foto: Reprodução/TV Globo)Bruno sai da Penitenciária Nelson Hungria em direção ao fórum. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O segundo dia de julgamento de Bruno e de Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, foi retomado por volta das 9h20 desta terça-feira (5), com o depoimento de testemunhas. Dependendo da duração desta fase, é possível que o interrogatório do goleiro ocorra ainda hoje. Bruno responde pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com a jovem. Dayanne responde pelo crime de sequestro e cárcere privado da criança.
Jaílson deixa a Penitenciária Nelson Hungria no segundia dia de júri do caso Eliza Samudio. (Foto: Reprodução/TV Globo)Comboio também levou o detento Jaílson Oliveira, arrolado como testemunha (Foto: Reprodução/TV Globo)
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, devem ser ouvidos pela acusação Jaílson de Oliveira, detento que denunciou ter ouvido uma confissão de Bola; e João Batista Guimarães, que acompanhou o depoimento do motorista Cleiton Gonçalves no inquérito. Outra testemunha da Promotoria, Renata Garcia, advogada que acompanhou o depoimento do então menor Jorge, que delatou Bruno à polícia, foi ouvida por carta precatória (à distância) e seu depoimento será lido no plenário.
Pela defesa, será ouvida Célia Aparecida Rosa Sales, irmã do réu assassinado Sérgio Rosa Sales, como testemunha de Dayanne. Ela também havia sido arrolada pela defesa de Bruno, mas foi dispensada.
Primeiro dia de júri: choro e Bíblia
No primeiro dia do júri popular do goleiro Bruno e de Dayanne Rodrigues, o atleta chorou, leu a Bíblia e, de cabeça baixa durante as quase oito horas de sessão, viu sua defesa dispensar todas as testemunhas que havia arrolado.
corpo de jurados composto por cinco mulheres e dois homens também foi escolhido nesta segunda (4).
Testemunhas dispensadas e ausentes
Após o sorteio do júri, os advogados decidiram dispensar sete das 15 testemunhas (5 de acusação e 10 de defesa) inicialmente arroladas. A dispensa deve acelerar o julgamento, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), de cinco para três dias.
Considerado testemunha-chave no júri, o primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, não compareceu e também foi dispensado.
Com as dispensas e as ausências, Bruno ficou sem nenhuma testemunha de defesa. Para especialistas, trata-se de uma estratégia (entenda no Traduzindo).
A expectativa é que quatro testemunhas sejam ouvidas no Fórum de Contagem durante o restante do julgamento. A outra foi ouvida por carta precatória, utilizada para depoimentos à distância.
Menor dizia a verdade, diz delegada
A única testemunha ouvida nesta segunda foi a delegada Ana Maria Santos, que atuou na investigação da morte de Eliza Samudio. Testemunha  arrolada pela Promotoria, ela disse à juíza Marixa Fabiane que a polícia ouviu todos os envolvidos que foram encontrados no sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), onde Eliza teria sido mantida em cativeiro, e que o menor à época, Jorge Luiz Rosa, "dizia a verdade" quando acusou Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de ter executado a jovem.
Segundo a delegada, as investigações levaram até a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, depois que policiais encontraram Bruninho [filho de Eliza com o goleiro] graças a denúncias anônimas sobre o espancamento de uma mulher e sua morte. Conforme depoimento da delegada, Dayanne deu o bebê para outro acusado, Wemerson Marques, o Coxinha.
Ana Maria Santos disse que foi até o centro de internação ouvir o então menor primo de Bruno sobre a morte de Eliza.

Segundo ela, o menor foi morar com Bruno e, um dia, afirmou ter ouvido uma conversa entre Macarrão e Eliza. Segundo a delegada, o menor afirmou que Eliza xingava o goleiro, dizia que estava com dificuldades financeiras para criar o filho e que o "Bruno estava se achando o Rogério Ceni".
ATUALIZADO Arte estática Caso Eliza Samúdio (Foto: arte)
A delegada também disse como Jorge Luiz Rosa relatou a morte de Eliza. Ele disse que viu Bola esganar Eliza, passando o braço direito sobre seu pescoço. Segundo ele, Bola também pediu para Macarrão pegar uma corda, momento em que ele começou a "desferir bicudas" em Eliza.
A defesa de Bruno, por sua vez, tentou desqualificar as palavras da delegada, questionando porque ela estava de férias durante as investigações e se ela tinha sido investigada por permitir uma filmagem de Bruno em um avião. A delegada disse que jamais foi denunciada.
A delegada afirmou ainda que o menor Jorge não citou em seu depoimento os policiais Gilson Costa e José Lauriano Assis Filho, o Zezé. Os dois são investigados em um procedimento cautelar mais recente. A polícia verificou que Zezé e Macarrão trocaram 39 ligações telefônicas nos dias do cárcere e morte de Eliza, e foi aberto um inquérito paralelo para investigar ambos.
Depois de encerrada a sessão, um dos advogados de Bruno comentou as investigações. Para Tiago Lenoir, a suspeita sobre o policial Zezé prova que "a acusação não conseguiu ainda buscar a verdade real desse processo". "Passados dois anos e oito meses tiveram que pedir quebra de sigilo bancário e telefônico", criticou.
Segundo a delegada, o menor dizia a verdade sobre o crime. "Tive razões para confirmar que ele [Jorge] dizia a verdade quando um parecer exarado por um médico legista confirmou que aquela narrativa leiga do jeito que fora feita tinha uma fundamentação científica", disse a delegada.

A defesa de Bruno, por sua vez, tentou desqualificar as palavras da delegada, questionando porque ela estava de férias durante as investigações e se ela tinha sido investigada por permitir uma filmagem de Bruno em um avião. A delegada disse que jamais foi denunciada.
A delegada afirmou ainda que o menor Jorge não citou em seu depoimento os policiais Gilson Costa e José Lauriano Assis Filho, o Zezé. Os dois são investigados em um procedimento cautelar mais recente. A polícia verificou que Zezé e Macarrão trocaram 39 ligações telefônicas nos dias do cárcere e morte de Eliza, e foi aberto um inquérito paralelo para investigar ambos.
Depois de encerrada a sessão, um dos advogados de Bruno comentou as investigações. Para Tiago Lenoir, a suspeita sobre o policial Zezé prova que "a acusação não conseguiu ainda buscar a verdade real desse processo". "Passados dois anos e oito meses tiveram que pedir quebra de sigilo bancário e telefônico", criticou.

Suposto acordo de confissão
Antes do júri, a defesa de Bruno negou acordo para que o goleiro faça uma confissão, o que diminuiria uma possível pena por assassinato.
A hipótese foi levantada pelo advogado José Arteiro, assistente de acusação. Ele disse acreditar na possibilidade de um acordo no qual o goleiro Bruno Fernandes confesse ter mandado matar a ex-amante. "Todo mundo já sabe que foi ele que mandou matar a Eliza. Porque o Macarrão entregou isso no julgamento."
O advogado Lúcio Adolfo afirmou que não há provas no processo de que Eliza Samudio esteja morta. “Não existe acordo. Aquela imoralidade, indecência que aconteceu com o Macarrão é absolutamente irregular. Aquilo é ilegal, não existe no direito brasileiro”, disse.
"Procurei uma prova da morte da Eliza no processo e não achei. O atestado de óbito é uma fraude", disse. Segundo ele, diante da tentativa da acusação de afirmar que Eliza desapareceu e morreu, ele vai usar provas para mostrar o contrário. Lúcio Adolfo assumiu a defesa do goleiro Bruno no fim do ano passado, quando Rui Pimenta foi destituído pelo goleiro, provocando o adiamento de seu próprio julgamento.
Ainda segundo Adolfo, o júri de Bruno ocorre com dois problemas: o desfalque do processo e um inquérito paralelo para investigar novos envolvidos. Segundo o defensor, 710 páginas da ação sumiram. "O escrivão disse que as folhas desapareceram durante o primeiro julgamento."
Defesa de Bola presente
Outro contratempo inicial no julgamento foi a participação paralela de Ércio Quaresma, defensor de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ele obteve liminar para inquirir testemunhas do júri, mesmo seu cliente tendo julgamento marcado apenas para 22 de abril.
Fernando Magalhães, um dos advogados que integra a defesa de Bola, disse que o pedido foi feito, pois, do contrário, o seu cliente poderia ser prejudicado. "Caso essas testemunhas façam quaisquer referências prejudiciais ao Marcos Aparecido, ele ficaria indefeso. Ficaria impossível contrapô-las. Agora sim, recuperou-se a ampla defesa", disse.

O crime
O goleiro, que na época do crime era titular do Flamengo, é acusado pelo Ministério Público de planejar a morte para não precisar reconhecer o filho que teve com a modelo nem pagar pensão alimentícia.
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. Para a Justiça, a ex-amante do jogador foi morta em 10 junho de 2010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A certidão de óbito foi emitida por determinação judicial.
O bebê Bruninho, que foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG), hoje vive com a avó em Mato Grosso do Sul. Um exame de DNA comprovou a paternidade.

Acusados e condenados
A Promotoria afirma que, além de Bruno, mais oito pessoas tiveram participação nos crimes. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foram condenados em júri popular realizado em novembro de 2012.
No dia 22 de abril, Bola será julgado. Em 15 de maio, enfrentarão júri Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio, e Wemerson Marques de Souza, amigo de Bruno. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto de 2012. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido (saiba quem são os réus).
Jorge Luiz Rosa, outro primo do goleiro, era adolescente à época do crime. Cumpriu medida socioeducativa por crimes similares a homicídio e sequestro. Atualmente tem 19 anos e é considerado testemunha-chave do caso.

Congresso adia votação dos vetos aos royalties do petróleo


A bancada dos Estados produtores alegou que reedição dos vetos por 'erro material', em edição extra do Diário Oficial, impediria a votação, remarcada para quarta-feira


Agência Estado
O Congresso Nacional adiou a votação do veto da presidente Dilma Rousseff que impediu a mudança na distribuição dos royalties do petróleo. Será feita apenas a leitura da nova mensagem presidencial que faz uma correção em relação ao texto enviado anteriormente . A votação, agora, está marcada para acontecer nesta quarta-feira (6).
A decisão foi tomada depois de muita pressão da bancada dos Estados produtores. Eles sustentaram que a publicação de uma edição extra do Diário Oficial por "erro material" impediria a votação porque havia um dispositivo vetado que não constava da cédula de votação e sequer tinha sido lido no plenário. Eles já preparavam mandados de segurança para tentar fazer com que o Supremo Tribunal Federal (STF) impedisse a votação.
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tomaram a decisão minutos antes do horário marcado para o início da sessão.
A expectativa é que, com a leitura do veto, sejam confeccionadas novas cédulas de votação para permitir a decisão nesta quarta-feira. Parlamentares das bancadas dos Estados produtores, porém, defendem que seja necessário fazer uma nova comissão para analisar os dispositivos vetados que não tinham sido lidos. Com isso, acreditam ser possível empurrar a votação para a próxima semana.

Durante exibição de vídeo, mãe de Eliza sai chorando e Bruno evita olhar telão


Mãe de Eliza Samudio chorou muito durante a apresentação de vídeo em que a filha acusa Bruno da agressão. O goleiro evitar ver o vídeo e abaixou a cabeça quando Eliza paraeceu


Sônia Fátima de Moura, mãe de Eliza Samudio, deixou o salão do Fórum Criminal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, durante a exibição de uma reportagem com o tio de Jorge Luis Rosa, primo do goleiro.
Renata Caldeira / TJMG
Bruno e Dayanne acompanham trechos de vídeos sobre o caso
Momentos antes, Sônia acompanhou a leitura do depoimento de Jorge narrando como teria ocorrido o assassinato da filha. Logo após, foi exibido um vídeo de Eliza denunciando o ex-goleiro Bruno Fernandes por agressão. Chorando muito, Sônia deixou o plenário amparada por sua advogada Maria Lúcia Borges. 
Bruno e Dayanne Rodrigues, acusada por cárcere privado e sequestro de Bruninho, acompanham os vídeos sentados de frente para o telão. Já sem chorar e com uma expressão bem mais séria em seu rosto, o ex-goleiro evita olhar para a exibição. Quando Eliza apareceu comentando o caso em vídeo, ele abaixou a cabeça.
A promotoria também exibiu um vídeo feito na época da investigação, em que Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno que foi morto no ano passado, reconstitui a passagem de Eliza Samudio pelo sítio em Esmeraldas. Durante essa apresentação, o Bruno chorou copiosamente diante do telão e o advogado Lúcio Adolfo foi apoiá-lo.
Sônia Moura voltou para o plenário só mais e 30 minutos depois. Ela teve um crise de pressão baixa e quase desmaiou, segundo sua advogada.
Veja imagens do julgamento:
Ingrid Calheiros aguarda julgamento ser iniciado nesta terça-feira (5). Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
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as
por Carolina Garcia e Ricardo Galhardo - enviados a Contagem (MG)

Morre aos 58 anos Hugo Chávez, presidente da Venezuela


iG São Paulo

De formação militar, líder ficou conhecido por retórica anti-Estados Unidos e polêmicas dentro e fora de casa


O presidente venezuelano, Hugo Chávez , morreu nesta terça-feira às 16h25 locais (18h55 em Brasília) aos 58 anos, anunciou o vice-presidente Nicolás Maduro em rede de televisão nacional. Vítima de câncer, o líder teve uma trajetória política marcada por polêmicas e rivalidades dentro e fora da Venezuela.
Chávez havia voltado a Caracas no dia 18 , após ter sido submetido em Cuba em 11 de dezembro a uma quarta cirurgia relativa a um câncer não especificado na região pélvica, que havia sidodignosticado em junho de 2011 .
EFE
Chávez participa de cerimônia durante um de seus retornos dos tratamentos em Cuba (foto de arquivo)

Antes de viajar a Havana, Chávez nomeou o vice-presidente Maduro como potencial sucessor para liderar a sua revolução socialista caso ficasse incapacitado.
Trajetória
Chávez iniciou sua história política ao liderar uma tentativa frustrada de golpe de Estado em fevereiro de 1992, contra o governo do então presidente Carlos Andrés Pérez.
No golpe de 1992, Chávez e membros do Movimento Revolucionário Bolivariano protestavam contra medidas de austeridade econômica do governo de Pérez. Os confrontos deixaram 18 mortos e 60 feridos. A tentativa frustrada levou Chávez a ser detido por dois anos, quando foi libertado graças a uma anistia do novo presidente Rafael Caldera. Uma segunda tentativa de golpe contra o presidente, em novembro do mesmo ano, foi novamente reprimida.
Em 1997, relançou seu partido sob o nome de Movimento 5ª República, que mais tarde veio a se tornar Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Foi eleito presidente em 1998, em eleições que venceu com 56% dos votos, após uma campanha contra os partidos tradicionais e promessas de combate à pobreza e à corrupção.
Depois de tomar posse, em fevereiro de 1999, Chávez dissolveu o Congresso venezuelano e convocou uma Assembleia Nacional Constituinte. A nova Constituição, aprovada por referendo no mesmo ano, alterou o nome oficial do país para República Bolivariana da Venezuela, ampliou os poderes do Executivo, eliminou o Senado, permitiu maior intervenção do Estado na economia e reconheceu os direitos culturais e linguísticos das comunidades indígenas.
Veja vídeo com a trajetória de Hugo Chávez:
Além disso, convocou novas eleições para presidente em 2000, nas quais saiu vitorioso com 55% dos votos. Apoiado na chamada Lei Habilitante, ele conseguiu promulgar 49 decretos em um ano, sem necessitar de aprovação da Assembleia.
Em 2002, Chávez sofreu um dos golpes de Estado mais rápidos da história depois de a população venezuelana aderir a uma greve geral que durou dois dias e culminou em uma marcha com 15 mortos e 100 feridos. A greve foi convocada pela Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV), maior sindicato do país, e pela associação empresarial Fedecámaras, depois de Chávez substituir gestores da companhia estatal petrolífera PDVSA por pessoas de sua confiança.
Depois de a população ir às ruas para protestar, militares anunciaram a “renúncia” de Chávez e empossaram como presidente provisório Pedro Carmona, da Fedecámaras. Militares leais a Chávez organizaram um contragolpe e tomaram o Palácio de Miraflores, para o vice Diosdado Cabello assumir a liderança temporária do país, até Chávez ser libertado da prisão na ilha deLa Orchilae regressar a Caracas para retomar o poder.
AP
Foto divulgada por Palácio de Miraflores mostra presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mandando beijo antes de embarcar em direção a Havana (10/12/12)
‘Inimigo’ dos EUA
Na região, Chávez esteve amparado por líderes esquerdistas de retórica antiamericana. Como o caso dos presidentes Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador), Daniel Ortega (Nicarágua), além do ex-mandatário hondurenho Manuel Zelaya e dos cubanos Raúl e Fidel Castro. Chávez também era próximo do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva , com quem, para alguns analistas, disputava a liderança da América Latina.
Crítico costumaz do que chamava de “imperialismo” americano, Chávez acusava os EUA de estar por trás do golpe que tentou derrubá-lo em 2002. Na Assembleia Geral da ONU em 2006, chegou a chamar o então presidente americano, George W. Bush (2001-2009), de diabo. “O diabo esteve aqui ontem e ainda sinto o cheiro de enxofre”, disse em discurso um dia depois de Bush.
Com a chegada de Barack Obama à presidência americana, em 2009, o líder venezuelano deu sinais de uma nova relação entre Caracas e Washington. Na Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, em abril de 2009, Chávez cumprimentou Obama, a quem presenteou com o livro “As Veias Abertas da América Latina”, clássico do uruguaio Eduardo Galeano que questiona o imperialismo americano e europeu na região.
Na prática, no entanto, as relações permaneceram tensas e marcadas por imbróglios diplomáticos. Em dezembro de 2010, o Departamento de Estado americano revogou o visto do embaixador venezuelano em Washington, Bernardo Álvarez Herrera. A decisão foi tomada após Chávez ter se recusado a aceitar o indicado americano para o cargo de embaixador em Caracas, Larry Palmer.
Apesar das diferenças, a Venezuela ainda é estrategicamente importante para os EUA na região. Dada suas vastas reservas de petróleo - o país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) possui cerca de 297 bilhões de barris - é um dos principais fornecedores dos EUA.
Formação militar
Filho de professores, Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabatena, no Estado de Barinas, e foi criado pela avó paterna. Amante de esportes, em particular o beisebol, ingressou aos 17 anos na Academia Militar da Venezuela, onde se graduou em 1975 em ciências e artes militares no ramo de engenharia. Na carreira militar, chegou ao posto de tenente-coronel.
Chávez casou-se duas vezes. A primeira com Nancy Colmenares, com que teve Rosa Virginia, María Gabriela e Hugo Rafael, e a segunda com María Isabel Rodríguez, com quem teve Rosinés e esteve até 2003. Manteve também uma relação amorosa durante cerca de dez anos com a historiadora Herma Marksman enquanto era casado com a primeira esposa.
Dentro de casa
Dentro de casa, o projeto político de Chávez marcou a história da Venezuela dividindo o país entre chavistas e não chavistas.
Seu governo buscou nacionalizar empresas, petrolíferas estrangeiras, além de diversas indústrias - como as de cimento e metalurgia. Além disso, implementou uma série de programas sociais de educação e saúde, conhecidos como “missões” , mas não conseguiu reverter a pobreza crônica e o desemprego do país.
Visto por seus partidários como um líder preocupado com as camadas mais pobres, Chávez era criticado por opositores que o consideravam cada vez mais autocrático e o culpavam de censurar a imprensa. Em novembro de 2010, o dono da opositora TV Globovisión, Guillermo Zuloaga, chegou a pedir asilo político aos EUA depois de a Justiça emitir uma ordem de prisão contra ele por usura e de Chávez tê-lo acusado de formar parte de um grupo para matá-lo.
Em 2005, a oposição boicotou as eleições parlamentares na Venezuela, acusando as autoridades eleitorais de serem parciais. Um ano mais tarde, Chávez conquistou um novo mandato de seis anos com 63% dos votos.
Apesar de ter perdido um referendo constitucional sobre reeleição presidencial indefinida, em 2007, Chávez se saiu vitorioso em uma nova consulta popular, na qual os venezuelanos decidiram por mandatos ilimitados para oficiais eleitos em 2009. Em setembro de 2010, seu partido ganhou maioria nas eleições para Assembleia Nacional frente aos 40% conquistados pela oposição.
Além de trocas de embates com a oposição, o líder venezuelano polemizou também com diferentes setores dentro da Venezuela. Chávez costumava descrever executivos do setor petroleiro vivendo em “chalés de luxo, onde fazem orgias e bebem uísque” e acusava líderes da Igreja de negligenciar os pobres, ficando ao lado da oposição e defendendo os ricos.
De estilo personalista, Chávez se dirigia à nação todos os domingo em seu programa de TV semanal Alo, Presidente, no qual falava sobre suas ideias políticas e entrevistava convidados, cantores e dançarinos.
O líder foi reeleito em 2012 , derrotando o rival opositor Henrique Capriles, atual governador de Miranda. Ele costumava dizer que sua intenção era permanecer no poder até 2019, pois precisava de mais tempo para implementar a revolução socialista na Venezuela.
*Com BBC