segunda-feira, 29 de abril de 2013

STF deve vetar lei pró-Dilma, prevê governo



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RENATO ANDRADE
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA


O governo Dilma reconhece reservadamente que o projeto de lei que inibe a criação de partidos pode ser derrubado no Supremo Tribunal Federal (STF) caso venha a ser aprovado no Congresso.
A discussão da proposta foi suspensa no meio da semana passada por uma decisão provisória do ministro do Supremo Gilmar Mendes.
Para interlocutores do Palácio do Planalto, a tendência do tribunal é considerar a lei inconstitucional.
A proposta tira das novas siglas a possibilidade de amplo acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV, dois elementos fundamentais para o funcionamento dos partidos.
Com apoio velado do Planalto, mas sustentada de forma aberta por PT e PMDB, a medida passou na Câmara e está parada no Senado.
A aprovação da lei prejudicaria o movimento da ex-senadora Marina Silva, que corre para criar a Rede Sustentabilidade para disputar as eleições presidenciais de 2014.
Outros presidenciáveis, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE), são contrários ao projeto porque interessa a eles o maior número possível de candidatos, o que, em tese, evitaria uma vitória da presidente Dilma no primeiro turno.
A avaliação no governo é que o histórico de decisões indica um STF contrário a medidas que impeçam a formação de partidos. Um dos casos citados é a decisão tomada em 2006, quando o STF declarou inconstitucional a chamada "cláusula de barreira".
Essa norma da Lei dos Partidos Políticos, de 1995, estipulava condições para que legendas menores tivessem direitos iguais aos das grandes legendas políticas.
A vitória do PSD na Justiça, garantindo recursos do fundo partidário e tempo de TV, é outro exemplo citado por aliados do Planalto.
A avaliação é que o STF deve apontar não ser possível tratar de forma diferente situações semelhantes --negar a outros o que o PSD de Gilberto Kassab obteve.

Dilma é vaiada por ruralistas em Campo Grande (MS)



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LUIZA BANDEIRA
ENVIADA ESPECIAL A CAMPO GRANDE
A presidente Dilma Rousseff foi vaiada duas vezes por produtores rurais durante cerimônia de entrega de 300 ônibus escolares em Campo Grande (MS), na manhã desta segunda-feira (29).
Ao ser anunciada no microfone, a presidente ouviu longas vaias, seguidas de palmas e gritos de "Dilma, Dilma" de apoiadores.
A segunda vaia ocorreu após o prefeito da capital, Alcides Bernal (PP), descrever Dilma como "a melhor presidenta".
A petista ainda não discursou. Ela acenou para o público ao subir ao palco, enquanto era vaiada.
Os produtores rurais protestam contra demarcações de terras indígenas no Estado. Eles afirmam que cerca de 800 ruralistas estão presentes à cerimônia, que ocorre no Hipódromo de Campo Grande.
Além de entregar os ônibus do programa Caminho da Escola, Dilma recebeu o título de cidadã sul-mato-grossense.

Dilma é vaiada por ruralistas em Campo Grande (MS)

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Justiça aceita denúncia contra 19 por fraude em lotes da reforma agrária



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DE SÃO PAULO
A Justiça do Mato Grosso do Sul aceitou denúncia contra 19 pessoas suspeitas de integrarem quadrilha que cobrava propina para autorizar a ocupação de lotes destinados à reforma agrária em Corumbá e Ladário, na fronteira com a Bolívia.
A quadrilha, segundo o Ministério Público Federal, era integrada por servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), sindicalistas e líderes rurais. Eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica.
A investigação da Procuradoria comprovou a venda de lotes por valores que chegavam a custar R$ 60 mil. A propina era de 10% do valor. Comerciantes e empresários locais estariam entre os beneficiados.
Na maioria das vezes, diz o Ministério Público, os servidores exigiam a concordância do sindicato e das lideranças dos assentamentos, que forneciam documentos e declarações de autorização da venda ou da ocupação do lote. Para o interessado conseguir as assinaturas, era preciso pagar.
A fase seguinte era a formalização de um processo na unidade do Incra em Corumbá, para dar aparência de legalidade à ocupação do lote. O Ministério Público afirma que servidores do órgão ajudavam a fraudar o sistema que cadastra os beneficiários das terras.
"Assim, os servidores poderiam conceder a ocupação a quem bem entendessem, ou regularizar a transferência feita pelos assentados livremente, pois o lote nunca seria reclamado por outra pessoa e o esquema criminoso não chamaria muita atenção", afirma o texto da denúncia.
Procurada pela reportagem, a assessoria do Incra afirmou que o órgão ainda não foi notificado sobre a ação e não iria se manifestar.

Em recurso ao STF, Valdemar aponta contradição de ministros sobre mensalão



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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Na tentativa de anular a condenação no julgamento do mensalão, a defesa do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) argumenta que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) entraram em contradição na análise do caso.
Segundo os advogados, os integrantes do Supremo citaram durante o julgamento que ele patrocinou um acerto de contas de campanha do PT com seu antigo partido, o PL, mas o condenaram por participar de um esquema de compra de votos no início do governo Lula.
Leonardo Prado - 23.out.2012/Agência Câmara
Deputado Valdemar Costa Neto na Câmara em outubro
Deputado Valdemar Costa Neto na Câmara em outubro
Os advogados comparam a situação do parlamentar com a do publicitário baiano Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes, responsáveis pela campanha presidencial de Lula em 2002. Ambos foram inocentados dos dois crimes de que eram acusados no caso do mensalão.
A maioria dos ministro entendeu que os pagamentos a Duda --ocorridos por meio do esquema do empresário Marcos Valério Fernandes-- foram feitos pelos serviços da campanha. E que não ficou provado que ele e sua sócia sabiam da origem ilícita dos recursos.
Para a defesa, essa tese deve ser reconhecida também para Valdemar porque o deputado e Duda eram "credores insatisfeitos do PT".
Valdemar foi condenado a 5 anos e 4 meses de prisão, por lavagem de dinheiro, e também a 2 anos e 6 meses por corrupção passiva. A maioria dos ministros também decretou a perda de seu mandato na Câmara, que deve ser cassado quando não houver mais chances de recursos.
No recurso, a defesa do parlamentar condenado por ações como presidente do extinto PL sustenta que ele "não pactuou o recebimento de valores do PT em razão da expectativa de se eleger deputado federal e, empossado no cargo, assumir um comportamento parlamentar que interessasse ao governo".
No recurso, de 62 páginas, os advogados sustentam ainda que a compra de votos é imaginária. "Fica afastada a equivocada premissa que fundou o acórdão [resultado do julgamento], no sentido de que os repasses destinavam-se a uma imaginária compra de apoio político na Câmara dos Deputados", diz o documento.
Ao longo de quase cinco meses, o STF definiu que houve um esquema de desvio de recursos públicos que, misturado a empréstimos fraudulentos, abasteceram a compra de apoio político no Congresso durante o governo Lula. Ao todo, 25 dos 37 réus foram condenados. Eles têm até quarta-feira para apresentares recursos contra as condenações.

Opinião: Afronta à Justiça


Por: Pedro Cardoso da Costa*

Mesmo sem nenhum resultado efetivo, após a condenação dos mensaleiros, o Supremo Tribunal Federal vem sofrendo seguidas retaliações do Congresso Nacional. As mais recentes são a ameaça de acabar com a atribuição de investigações do Ministério Público e a avocação da competência jurisdicional para que o Congresso dê a última palavra sobre matérias constitucionais.

Alegam os “golpistas democráticos” que os congressistas são os legítimos representantes do povo. Em razão das distorções no processo eleitoral brasileiro, só muito ingênuo pode acreditar nessa teoria. O cidadão comum não tem nenhuma participação fora das eleições e toda sua atividade político-partidária fica limitada à obrigação de apertar tecla no dia da eleição.

Além de essa alegada legitimação ser meramente presumida, o histórico de malfeitorias do Congresso Nacional e sua inteira sujeição aos desígnios do Poder Executivo desautorizam ainda mais essa tentativa aloprada de incorporarem o Poder Judiciário. Nessa linha, o Brasil retroagiria vários séculos, deixaria de ter a tripartição dos poderes e passaria a ser um estado totalitário, já que o Poder Legislativo, por sua atuação ultimamente, passou a ser um órgão a referendar atos do Executivo nacional.

Mencionar alguns fatos é necessário apenas devido à memória curta da nossa sociedade para se lembrar de situações desabonadoras. Nenhum brasileiro se sente representado por alguém que concede viagens pagas com dinheiro público para parentes e amigos voarem, para pagar noitadas em motéis com os tais cartões corporativos, que até hoje não se sabe como se gasta esse dinheiro. Vai além disso. É acintoso custear os congressistas e arcar com despesas de mordomias de toda ordem, como pagar moradia até para deputados residentes em Brasília e com cotas de Correio, quando se vive num mundo conectado pela internet.

Com essas figuras na direção, este país nunca atingirá um patamar civilizado, capaz de punir um ato criminoso de alguém, independe do cargo que ocupe.

Pelos antecedentes, pelo passado sombrio de sujeiras de alguns deputados e senadores e dos presidentes das duas Casas recentemente, pela falta de capacidade técnica e até por serem legitimados apenas presumidamente, quem pretende acabar com a atribuição de investigar do Ministério Público, bem como incorporar o Poder Judiciário ao Congresso só o faz em defesa própria ou porque pirou de vez.

Voltar ao estado feudal é um caminho sempre perseguido por alguns, mas a sociedade precisa deixar claro que os representantes fazem o que os representados desejam. Muito embora seja praticada em larga escala e nunca tenha sido evitada, a impunidade é algo que o brasileiro definitivamente nunca quis, muito menos agora.

*É bacharel em direito

'Faço porque gosto', revela garota de programa recém graduada em letras




Lola Benvenutti mantém blog em que relata experiências com seus clientes.
Formada pela UFSCar em São Carlos, jovem tenta quebrar tabu sobre sexo.

Felipe TurioniDo G1 São Carlos e Araraquara

Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras na UFSCar, em São Carlos, SP, mas optou por fazer carreira como garota de programa (Foto: Felipe Turioni/G1)
Ela tem 21 anos, é recém-formada em letras pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), exibe em tatuagens pelo corpo frases de Guimarães Rosa e Manuel Bandeira, adotou como pseudônimo um nome que faz referência a um personagem do escritor russo Vladimir Nabokov e assume, sem problemas, ser garota de programa. Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, mantém um blog em que escreve contos baseados nas experiências com seus clientes e chama a atenção ao tentar quebrar o tabu do sexo. “Sempre gostei de sexo, então tinha um desejo secreto de trabalhar com isso e não há nada mais justo, faço porque gosto”, afirmou em entrevista ao G1.
Lola Benvenutti mantém blog com histórias de seus clientes em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Lola Benvenutti mantém blog com histórias dos
clientes em São Carlos (Foto: Felipe Turioni/G1)
A realidade de Gabriela sempre foi diferente da vida de uma parcela das garotas de programa que são universitárias e optam por se prostituir para manter as despesas com os estudos. "Tem uma categoria nos sites de acompanhantes que são de universitárias e fazem isso porque fazem faculdade particular e precisam pagar, mas eu nunca precisei disso, sou inteligente, fiz faculdade, optei por isso, qual o problema?", questionou.
Natural de Pirassununga (SP), se mudou para São Carlos para fazer faculdade, mas por temer algum tipo de retaliação resolveu manter sua identidade como prostituta com discrição até concluir o curso. “Fiquei com um pouco de medo de isso reverberar de alguma forma na faculdade, então achei melhor terminar a graduação para colocar o blog no ar”, disse.

O site recebe cerca de duas mil visitas por dia e é nele que Lola posta sua rotina como prostituta. Entretanto, vê diferença entre sua história e o fenômeno Bruna Surfistinha, pseudônimo de Raquel Pacheco, ex-prostituta que fez fama na internet e teve sua história publicada em livro e roteirizada em um filme. “Ela teve uma vida diferente da minha, com outras oportunidades”, comentou.

Além de manter seus contos e servir como contato entre seus clientes, que chegam a cinco por dia, o blog serve também para levantar discussão sobre o prazer no sexo. “As pessoas são hipócritas, vivem de sexo, veem vídeo pornográfico, mas não falam porque têm vergonha. Um monte de mulher entra no blog e fala que adoraria fazer o que eu faço, mas não tem coragem; e dos homens escuto as confissões mais loucas e cada vez mais esse tabu do sexo é uma coisa besta”, avaliou.

Barreiras
Apesar da escolha em ser uma profissional do sexo, Gabriela não desistiu de seguir carreira acadêmica ou dar aulas após a conclusão do curso de letras. “Também quero dar aula, mas por hobby, e além disso também tem a questão financeira, porque dando aula hoje você quase não se sustenta”, analisou. “Acho que as duas coisas são difíceis de casar, é muito difícil que uma escola que sabe o que eu faço me permita trabalhar com eles, vou ter que derrubar barreiras”.

Ainda este ano, ela pretende se mudar para São Paulo, onde vai continuar trabalhando como garota de programa e acumulando um mestrado na Universidade de São Paulo (USP). “Cansei um pouco de São Carlos e agora quero outras coisas, tanto que o mestrado para o qual estou estudando é na USP, converso com alguns professores e quero pesquisar na área de prostituição ou fetiche”, considerou.

Esse tipo de assunto, segundo ela, já é seu objeto de estudo desde a adolescência. “Desde os 14 anos estudo o sadomasoquismo, que hoje está ficando mais popularizado com ajuda do livro ‘Cinquenta Tons de Cinza’, que é marginalizado para quem curte, mas abriu um leque para as pessoas que não conheciam”, explicou.
Lola Benvenutti, de São Carlos, diz que sua virgidade era um fardo (Foto: Reprodução/Lola Benvenutti)Lola Benvenutti considerava sua virgindade um
fardo (Foto: Reprodução/Lola Benvenutti)
Interesse pelo sexo
O interesse precoce por sexo começou com uma vontade íntima de deixar de ser virgem, o que considerava ser um ‘fardo’. “Desde os 11 anos queria me livrar desse fardo, mas perdi a virgindade com 13 anos e a primeira vez foi péssima, com um homem de 30 anos que conheci pela internet”, relembrou.
No início, Gabriela ficou em dúvida sobre o prazer causado pelo sexo.“Não fiquei confortável, fiquei um tempo sem fazer pensando em como era possível as pessoas falarem tanto disso, mas aí depois de um tempo eu fui gostando e a percepção mudou”, revelou.

Segundo Gabriela, nunca houve um episódio em sua vida que despertasse um interesse incomum para sexo. “Todo mundo fica me perguntando qual foi o fato que desencadeou isso, eu respondo que nada, meus pais foram ótimos, tive uma ótima educação, entrei na faculdade direto, fiz uma boa universidade e só”, garantiu.

Relação com a família
Como a personagem Tieta, da obra de Jorge Amado, Lola causa alvoroço quando retorna para sua cidade natal, mas a relação com a a família atualmente é estável. “Eu não vou muito pra lá, sinto que toda vez que vou, levanto uma poeira de discórdia e os vizinhos ficam comentando. Minha mãe já desconfiava porque nunca pedia dinheiro para ela e a relação foi muito mais difícil porque ela se importa muito com o que os outros dizem, mas a gente se fala”, disse.

Com o pai, militar da reserva, há uma relação de respeito e separação entre Gabriela e Lola. “Meu pai ficou seis meses sem falar comigo, eu achei que fosse pra vida toda, mas aí teve a minha formatura e ele veio. Na ocasião, disse que a filha dele era a Gabriela, não a outra, deixando bem claro que não compactua com isso. Mas ele ficou do meu lado e acho ele um herói porque não me abandonou”, confessou.
Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras na UFScar (Foto: Felipe Turioni/G1)

 

Cofre da Ponte Preta roubado após jogo com Corinthians tinha R$ 145 mil



Clube de Campinas confirmou, na noite desta segunda-feira, o valor levado. 
Cinco homens renderam o vigilante e jogadores e saíram com o dinheiro.

Do G1 Campinas e Região

Porta arrombada pelos bandidos para fugir com o cofre (Foto: Djota Carvalho / PontePress)Grupo arrombou cofre e roubou R$ 145 mil da
Ponte Preta  (Foto: Djota Carvalho / PontePress)
A Ponte Preta confirmou, na noite desta segunda-feira (29), que o clube teve prejuízo de R$ 145 mil, após ter o cofre roubado por uma quadrilha que invadiu o Estádio Moisés Lucarelli, durante a madrugada. O valor era parte do lucro obtido pelo clube na partida contra o Corinthians, pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista. A renda total da partida, em Campinas (SP), foi de R$ 509,8 mil.

Segundo o boletim de ocorrência registrado no 5º Distrito Policial (DP), no Jardim Amazonas, cinco homens encapuzados, sendo dois deles armados, renderam o vigilante por volta das 2h e o levaram até a sala de diretoria, onde estava o dinheiro. Com o barulho da ação, seis atletas das categorias de base do clube, com idades entre 18 e 19 anos e que moram no alojamento do clube, foram até o local para ver o que acontecia e também foram rendidos.

O caso é investigado pelo 10º DP, no Jardim Guarani. Nenhum suspeito foi preso até a publicação da reportagem. "Já estamos com a filmagem, há equipe para investigação e a DIG [Delegacia de Investigações Gerais] está nos auxiliando para tentar, o mais rápido possível, chegar à autoria", explicou a delegada Yara Ely Marques da Silva.
Corinthians vence a Ponte Preta, em Campinas (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ponte foi derrotada pelo Corinthians neste
domingo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Camisas roubadas
A quadrilha também fugiu com 30 camisas da Ponte Preta e danificou algumas câmeras de segurança. Metade da renda de R$ 509,8 foi destinada ao Corinthians, que já tinha retirado o dinheiro antes da ação criminosa.
O presidente da Ponte Preta, Márcio Della Volpe, lamentou o ocorrido e se colocou à disposição da polícia para ajudar nas investigações. O dirigente também garantiu que o clube dará total apoio psicológico aos jogadores que atuam na base.

Quarto suspeito preso por morte de dentista vai para CDP



Suspeito foi preso na madrugada desta segunda-feira (29) em Itapevi.
Para delegado, investigações estão encerradas.

Glauco AraújoDo G1 São Paulo, em São Bernardo do Campo

O último suspeito de participar da morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, em São Bernardo do Campo, no ABC, foi encaminhado para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal da cidade por volta das 9h15 desta segunda-feira. Em seguida, ele irá para um Centro de Detenção Provisória da região - o local exato não havia se informado até as 9h30. Thiago de Jesus Pereira, de 25 anos, foi localizado na casa de parentes, emItapevi, na Grande São Paulo, por volta de 2h40. Segundo a Polícia Civil, ele tem três passagens por roubo.
Segundo o delegado Roberto Bueno Menezes, titular do 2º Distrito Policial de São Bernardo, a investigação do caso está encerrada e todos os quatro suspeitos presos já foram indiciados. "A investigação está ecerrada. Só faltam os laudos para concluir o inquérito”, disse nesta manhã.
Ao deixar o 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, Pereira se disse inocente. "Não tenho nada a ver com isso". A mãe dele, que não quis informar o nome, também acredita da inocência do filho. “Acho estranho porque ele só saía pra roubar às 6h e esse caso [da dentista morta] foi à tarde". A tia de Pereira, que preferiu não informar seu nome, também admitiu a participação do sobrinho em crimes. " Meu sobrinho não é assassino, ele é ladrão."
A polícia chegou à casa onde Pereira estava após denúncia anônima. Segundo Menezes, o suspeito confirmou que fazia parte da quadrilha, mas negou ter participado da ação que terminou com a morte da dentista.
Suspeito é levado para IML (Foto: Glauco Araújo/G1)Suspeito é levado para IML (Foto: Glauco Araújo/G1)
A polícia, porém, não tem dúvidas de que ele participou do assalto que terminou com a morte a dentista, de 47 anos, na quinta-feira (25). Pereira, que portava uma arma, entrou no consultório de Cinthya pedindo atendimento urgência. Ela foi queimada viva dentro do consultório, no Jardim Hollywood. De acordo com a polícia, os criminosos resolveram matá-la porque ela tinha apenas R$ 30 na conta bancária.
Segundo a polícia, Pereira estava dormindo no momento da abordagem. Embora não tenha resistido à prisão, ele se identificou como Rafael para despistar os policiais. A semelhança do suspeito com o retrato falado feito por outras vítimas, porém, não deixava dúvidas. Ele foi levado para o 2º Distrito Policial de São Bernardo, que investiga o crime.
Segundo o delegado, Thiago Pereira explicou como fazia para entrar em consultórios odontológicos. "Ele falava que estava com problema dentário, entrava e facultava o ingresso dos demais, fazia as ameaças e rendia as vítimas".
Apesar de Pereira negar que tenha participado da morte de Cinthya, ele irá responder por latrocínio. "Temos o reconhecimento feito pela vítima e temos os depoimentos dos comparsas dele que entregaram o envolvimento dele neste caso." O delegado destaca a frieza do suspeito. "A mulher pegando fogo e ninguém se importando com aquele ser humano. Eles só se preocuparam com a fuga, em sair da cena do crime."
Outros suspeitos
Na madrugada deste sábado (27), foram detidos em uma favela de Diadema, cidade vizinha a São Bernardo, três suspeitos de matar a dentista.
Retrato falado de Thiago de Jesus Pereira. (Foto: Divulgação / Polícia Civil)Retrato falado de Thiago de Jesus Pereira foi
divulgado pela polícia (Foto: Divulgação / Polícia Civil)
Victor Miguel de Souza, de 24 anos, estava dormindo quando os policiais o encontraram. Outros dois envolvidos estavam em um quarto, na mesma favela. Um deles é adolescente, de 17 anos. O terceiro preso, que pintou o cabelo quando soube que estava sendo procurado, é Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos, que foi a uma loja de conveniência sacar os R$ 30 da conta da dentista. O adolescente foi levado para a Fundação Casa e os outros dois já foram para um Centro de Detenção Provisória. 
A quadrilha já havia levado o terror a outros consultórios. O Fantástico mostrou como o grupo atuava. Segundo as investigações, a quadrilha fez pelos menos seis assaltos em consultórios odontológicos. “Eles praticavam o terror para a vítima dizer quanto tinha na conta. Deixavam todas desesperadas”, afirma o delegado Marcos Gomes de Moura.
A polícia considera a morte da dentista esclarecida, mas investiga a participação do grupo em outros seis crimes cometidos na capital e na Grande São Paulo. Segundo o delegado Waldomiro Bueno Filho, quadrilha já tinha colocado fogo no cabelo de outras duas dentistas durante assaltos.

Aos 27 anos, paranaense é coroada a mais bela mulher casada do Brasil



Priscila Lini mora em Foz do Iguaçu e é casada desde agosto de 2011.
Ela é funcionária pública federal e professora universitária.

Cassiane SeghattiDo G1 PR, em Cascavel
Priscila Lini (Foto: Arquivo Pessoal)Priscila Lini foi escolhida entre 23 concorrentes
(Foto: Arquivo Pessoal)
A paranaense Priscila Lini, de 27 anos, foi eleita a mais bela mulher casada do Brasil, denominado Mrs. Brasil, no concurso Beleza Fashion Brasil, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Esposa de Kássim Ahmad Omar Ali desde agosto de 2011, ela mora emFoz do Iguaçu, no oeste do estado. Para ela, a coroação foi mais um “sonho” realizado. “É um momento de plenitude. É uma realização completa e mais feliz não tem como eu ficar”, relatou ao G1.
Priscila é funcionária pública federal e professora universitária, graduada em Direito pela Universidade Estadual do Oeste doParaná (Unioeste), onde ingressou com apenas 16 anos. Também é mestre em Direito Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e doutoranda em Direito na mesma instituição.
Apaixonada por passarelas, ela já participou do Miss Foz do Iguaçu, Miss Turimo, Foz em Destaque, entre outros. Contudo, ainda não havia conquistado o primeiro lugar em um concurso. “Eu tinha dado uma parada para terminar a faculdade, o mestrado. Daí, uma amiga minha comentou sobre esse concurso, e eu me candidatei. Sempre gostei das passarelas”, lembrou.
Segundo ela, para se candidatar, ela precisou enviar fotos e vídeos para a comissão organizadora do concurso. O resultado da escolha foi divulgado no começo de janeiro. No Brasil, 24 estados participaram. “Poucas pessoas sabiam desse meu lado. As pessoas falam: a Priscila só estuda. (...) Saí da faculdade e já fiz pós, mestrado e agora doutorado. Todo mundo associa que eu gosto só de estudar. Agora ,depois do concurso, elas falam: como assim? Mrs. Brasil? Achava que você só estudava. É engraçado”, brincou.
Priscila Lini (Foto: Arquivo Pessoal)Segundo ela, coroação foi mais um "sonho" realizado (Foto: Arquivo Pessoal)
Ao G1, contou que deve muito a coroação ao marido, pois, sem ele, não poderia ter conquistado o posto da mais bela mulher casada do Brasil. “A primeira pessoa que eu agradeci foi ele. Ele é muito importante, me deu força, foi comigo para Campo Grande. Nossa, me incentiva muito. Devo a metade da premiação a ele”, acrescentou.
Em novembro, Lini viajará para a República Dominicana para representar o Brasil no concurso Mrs. Internacional World 2013. De acordo com a diretora do concurso Edenir Vaz, a beleza é um dos elementos mais importantes. No entanto, a opinião sobre família, casamento e sociedade em geral também é cobrado. “O concurso celebra a jovem esposa, a mulher completa e de sucesso que deseja fazer a diferença em sua comunidade. É um evento voltado especialmente para a família”, disse.
Priscila com o esposo no dia da coroação (Foto: Arquivo Pessoal)Priscila com o esposo no dia da coroação (Foto: Arquivo Pessoal)

Servidores procuravam empresários para agilizar licenças, diz PF



Operação Concutare prendeu 18 pessoas no estado e em Santa Catarina.
Entre presos estão os secretários estadual e municipal do Meio Ambiente.

Do G1 RS

Um dos delegados responsáveis pela Operação Concutare, da Polícia Federal (PF), Daniel Madruga explicou como funcionava o esquema de corrupção nos órgãos públicos responsáveis pela emissão de licenças ambientais no Rio Grande do Sul. Em alguns casos, os próprios investigados procuravam os empresários para oferecer licenças. No total, 18 pessoas foram presas temporariamente nesta segunda-feira (29), no estado e também em Santa Catarina.
“A grosso modo, os empresários que tinham interesse na agilização do processo de licenciamento ambiental procuravam consultores, os chamados despachantes ambientais, que, por sua vez, tinham dentro desses órgãos servidores que se prestavam a esse tipo de conduta mediante o recebimento de valores ou vantagens indevidas. Não necessariamente partia do empresário. Eventualmente, o próprio servidor indicava o serviço de terceiros, os despachantes, para agilizar as licenças”, explicou o delegado, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo Daniel Madruga, o esquema envolvia principalmente empresas das áreas de mineração, construção civil e empreendimentos imobiliários. A PF ainda cumpre mandados de busca e apreensão atrás de mais provas sobre o esquema. Documentos e computadores e até quantias em dinheiro foram apreendidos nas secretarias e na casa dos envolvidos. No carro de um dos suspeitos, foram chamados R$ 350 mil em dinheiro, possivelmente fruto de propina, afirma o delegado.
A investigação corre sob segredo de Justiça. A PF afirma que há provas suficientes para indiciar pelo menos parte dos suspeitos por crimes como corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais. Peritos como engenheiros, biólogos e geólogos serão convocados para ajudar a comprovar eventuais crimes ambientais, bem como o impacto causado por eles no estado.
Polícia Federal faz operação contra licenças ambientais ilegais (Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS )Polícia Federal faz operação contra licenças
ilegais (Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS )
O delegado Madruga avisa que novos indiciamentos podem ser feitos nos próximos dias, não necessariamente de servidores públicos, mas sobretudo de empresários beneficiados pelo esquema e outros envolvidos. A polícia pede aos empresários que procuraram esses órgãos ambientais – e a quem tenha sido exigido ou oferecido algum tipo de propina ou vantagem indevida –, que façam a denúncia. Essas informações serão fundamentais para reforçar as provas no inquérito, de acordo com a PF.
Número de indiciamentos pode chegar a 50
Foram feitas buscas no Departamento Nacional de Produção Mineral, nas secretarias de Meio Ambiente do Estado e de Porto Alegre e na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O número de indiciamentos pode chegar a 50, entre empresários, despachantes e servidores públicos.
De acordo com o delegado Roger Soares Cardoso, ainda foram presos dois servidores da Fepam e um do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). “Teremos um aumento significativo do número de indiciados. Acredito que possa chegar a 50 indiciamentos”, estima.
A operação identificou um grupo criminoso formado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários. Os investigados atuam na obtenção e na expedição de concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto aos órgãos de controle ambiental.
“Observamos que algumas licenças só seriam obtidas se houvesse pagamento de quantia em dinheiro e de uma militância dentro do órgão. Havia uma agilização da licença ambiental. Quando o empresário contava com alguém dentro do órgão, o prazo para obtenção da licença era bastante curto. Além disso, a própria licença deixava de observar requisitos legais. Estamos analisando através de pericia técnica entre 30 e 40 processos dentro da Fepam e do DNPM”, explicou o delegado Thiago Machado.
O delegado Roger Soares Cardoso disse que não havia valor definido para as licenças serem expedidas. “Podia ir desde a entrega de presentes até milhares de reais. Houve casos de R$ 20 mil e de R$ 70 mil, entre outros", contou.
  O delegado Elton Roberto Manzke observou que a investigação, iniciada em 2012, foi bastante complexa. “Foram coletadas provas fortes da corrupção”. Entretanto, por o processo estar sob segredo de Justiça, os delegados não puderam passar mais detalhes.
Advogados dos secretários presos acreditam na liberação dos clientes
O que diz Eduardo Campos, advogado de Carlos Niedersberg

"Estamos ingressando com um pedido de vista junto ao TRF e a partir desses elementos poderemos ter mais informações. Meu cliente está detido, mas esperamos pela soltura após o depoimento dele. Orientamos nossos clientes a não falar nada se não soubermos detalhes da investigação, como é o caso”.
O que diz Rafael Coelho Leal, advogado de Luiz Fernando Zachia
“Até agora não tivemos acesso ao inquérito. Nosso cliente está surpreso e estupefato porque não tem nenhum envolvimento com essa investigação. Nossa esperança é de que ele preste depoimento e seja liberado”.
O que diz Luciano Feldens, advogado de Berfran Rosado
“Está havendo uma situação de constrangimento legal nesse momento com a prisão dele. Estamos buscando informações e apenas depois de consultar o inquérito vamos tomar alguma atitude”.