quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Papa volta a falar da Igreja como mãe e destaca sua misericórdia

Santo Padre lembrou que Igreja é uma boa mãe, que conduz seus filhos, têm misericórdia com eles e coloca-os nas mãos de Deus
Jéssica Marçal, com Rádio Vaticano
Da Redação
Papa volta a falar da Igreja como mãe e destaca sua misericórdia
Papa destacou como a Igreja é compreensiva com os fiéis. Foto: Radio Vaticano
Na catequese desta quarta-feira, 18, Papa Francisco voltou a falar da imagem da Igreja como mãe, conforme fez na semana passada. Ele destacou três aspectos referentes à essa imagem materna da Igreja: o fato de que ela conduz seus filhos ao bom caminho, a compreensão e misericórdia que manifesta para com os fiéis e sua atitude de rezar sempre pelos seus filhos, colocando-os nas mãos de Deus.
A reflexão de Francisco continuou sendo feita em comparação às atitudes de uma mãe, que ama e cuida de seus filhos. Da mesma forma que a mãe ensina seu filho a caminhar na vida, assim faz a Igreja.
“A Igreja faz a mesma coisa: orienta a nossa vida, dá-nos os ensinamentos para caminhar bem. (…) Uma mãe não ensina nunca aquilo que é mal, quer somente o bem dos filhos e assim faz a Igreja”.
No segundo aspecto, o Papa lembrou como a Igreja é misericordiosa e compreensiva. Na comparação com a mãe, ele explicou que esta sempre tem paciência, em todas as situações, de continuar a acompanhar o filho.
“Aquilo que a impulsiona é a força do amor; uma mãe sabe seguir com discrição, com ternura o caminho dos filhos e mesmo quando erram encontra sempre o modo para compreender, para ser próxima, para ajudar. (…) A Igreja é assim, uma mãe misericordiosa, que entende, que procura sempre ajudar”.
E por último, Francisco destacou que a mãe sempre saber bater à todas as portas, inclusive à de Deus, pelo bem dos filhos. “A Igreja coloca nas mãos do Senhor, com a oração, todas as situações de seus filhos. Confiemos na força da oração da Mãe Igreja: o Senhor não permanece insensível”.

Papa Francisco e sua sintonia com as crianças


EFE




Cidade do Vaticano, 19 set (EFE).- "Deixai que as crianças se aproximem de mim", parece ser a ordem que o papa Francisco dá aos agentes de segurança todas as quartas-feiras, quando percorre a Praça de São Pedro, onde dezenas de famílias entregam seus filhos para receber um beijo e uma bênção do pontífice.

O papa beija, acaricia, fala e sorri para todas as crianças que os agentes trazem rapidamente durante o passeio que a cada quarta-feira fica mais longo.

Às vezes, Francisco passa 45 minutos cumprimentando os fiéis, por isso é ele mesmo quem pede para parar o papamóvel para saudar algumas crianças que avista entre as quase 50 mil pessoas que acompanham a missa.

Muitas vezes, o papa precisa consolar as crianças que choram ao serem afastadas dos braços de suas mães, ou como em uma ocasião quando colocou a chupeta na boca de um menino. Apesar de tanta gente, Francisco não poupa carícias e dá a bênção a todas elas.

O pontífice mostra particular atenção principalmente perante aquelas que estão doentes, situadas em uma ala reservada da Praça de São Pedro.

Nestes meses de pontificado, o papa demonstrou ter uma especial sintonia com crianças e a espontaneidade e a facilidade com a qual está rompendo os esquemas, permitindo que durante o encontro as crianças se aproximem sem problemas, o abracem e entreguem seus desenhos.

"Você fez o quê?", perguntava nesta última quarta-feira para a menina de cerca de oito anos que, após dar um forte abraço, lhe entregou alguns desenhos.

Dezenas de desenhos infantis chegam ao Vaticano, como o enviado por Federico, de seis anos, o menino italiano que recebeu a última chamada de telefone que o papa argentino realiza diariamente.

O papa Francisco ficou surpreso com o desenho enviado por Federico do povoado onde vive, Betlemme (no norte da Itália), e ligou para agradecer pelo presente, informou a família do menino.

"Muitos obrigado por teu desenho e reze por mim", disse ao pequeno que, como muitas pessoas, colocou seu número de telefone no fólio.

Há algumas semanas, entre suas várias chamadas, Francisco também teve tempo para ligar para um menino, de 11 anos, de Foggia (sul da Itália), que tinha escrito uma carta contando suas angústias por uma situação familiar.

"Olá, sou o papa Francisco, me conte tudo", disse ao menino, cuja família preferiu se manter em anonimato.

No último dia 23 de junho, Francisco recebia pessoalmente, ao pé da plataforma da Estação Ferroviária da Cidade do Vaticano, a chegada do chamado "Trem da Beleza" na qual viajavam 350 crianças com problemas, a maioria não italianos, procedentes de todas as partes da Itália.

As imagens de Francisco rodeado de crianças que o abraçavam é mais um dos exemplos da proximidade deste papa com os pequenos.

"Um povo que não cuida de seus idosos e de suas crianças não tem futuro porque maltrata a memória e a promessa", escreveu há poucos dias o papa, em mensagem, para um ato organizado em Turim por católicos italianos.