sábado, 28 de junho de 2014

Evangelho Lucas 2,41-51a.

Sabado, dia 28 de Junho de 2014

Imaculado Coração de Maria
Imaculado Coração de Maria (ofício próprio)

Santo Irineu, bispo, mártir, +200

Comentário do dia
Bento XVI: «Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração» (Lc 2,51)

Is. 61,9-11.

A linhagem do povo de Deus será conhecida entre os povos e a sua descendência no meio das nações. Quantos os virem terão de os reconhecer como linhagem que o Senhor abençoou.
Rejubilo de alegria no SENHOR, e o meu espírito exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de triunfo. Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como uma noiva que se adorna com as suas jóias.
Porque, assim como a terra faz nascer as plantas, e o jardim faz brotar as sementes, assim o Senhor DEUS faz germinar a justiça e o louvor diante de todas as nações.

Lucas 2,41-51a.

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa.
Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem.
Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.
Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas.
Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!»
Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?»
Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse.
Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Discurso de 30/05/2009 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)

«Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração» (Lc 2,51)

No Novo Testamento vemos que a fé de Maria, por assim dizer, «atrai» o dom do Espírito Santo. Antes de tudo, na concepção do Filho de Deus, mistério que o próprio Arcanjo Gabriel assim explica: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra» (Lc 1,35). […] O coração de Maria, em perfeita consonância com o Filho divino, é templo do Espírito da verdade (Jo 14,17), onde cada palavra e acontecimento são conservados na fé, na esperança e na caridade (cf Lc 2,19.51).

Assim, podemos estar certos de que, em todo o arco da vida escondida em Nazaré, o santíssimo coração de Jesus sempre encontrou no coração imaculado da Mãe uma chama ardente de oração e de atenção constante à voz do Espírito. O que aconteceu durante as bodas de Caná (Jo 2,1ss) é testemunho desta singular sintonia entre Mãe e Filho na busca da vontade de Deus. Numa situação cheia de símbolos da aliança, como o banquete nupcial, a Virgem Maria intercede e provoca, por assim dizer, um sinal de graça superabundante: o «vinho bom», que remete para o mistério do Sangue de Cristo. Isto conduz-nos directamente ao Calvário, onde Maria se encontra aos pés da cruz juntamente com as outras mulheres e com o apóstolo João. A Mãe e o discípulo recolhem espiritualmente o testamento de Jesus: as suas últimas palavras e o seu último suspiro, no qual Ele começa a efundir o Espírito; e recolhem o brado silencioso do seu sangue, inteiramente derramado por nós (cf Jo 19,25-34). Maria sabia de onde provinha aquele sangue: tinha-se formado nela por obra do Espírito Santo, e sabia que aquele mesmo poder criador ia ressuscitar Jesus, como Ele tinha prometido.

Assim, a fé de Maria apoiou a dos discípulos até ao encontro com o Senhor ressuscitado, e continuou a acompanhá-los também depois da sua Ascensão ao céu, na expectativa do «baptismo no Espírito Santo» (cf Act 1,5). […] Eis porque Maria é, para todas as gerações, imagem e modelo da Igreja, que juntamente com o Espírito caminha no tempo invocando o retorno glorioso de Cristo: «Vinde, Senhor Jesus» (cf Ap 22,17.20).


Evangelho 1 João 4,7-16.

Sexta-feira, dia 27 de Junho de 2014

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, solenidade - Ano A
Sagrado Coração de Jesus - Ano A (ofício próprio)Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

S. Cirilo de Alexandria, bispo, Doutor da Igreja, +444

Comentário do dia
Santa Faustina Kowalska : «Sou manso e humilde de coração»

Deut. 7,6-11.

Moisés falou ao povo, dizendo:«Tu és um povo consagrado ao Senhor teu Deus; foi a ti que o Senhor, teu Deus, escolheu, para seres o seu povo, entre todos os povos que estão sobre a face da terra.»
«Não foi por serdes mais numerosos que outros povos que o Senhor se agradou de vós e vos escolheu; vós até éreis o mais pequeno de todos os povos.
Porque o Senhor vos ama e é fiel ao juramento que fez a vossos pais, por isso, é que, com mão forte, vos tirou e vos salvou da casa da servidão, da mão do faraó, rei do Egipto.
Reconhece, pois, que o Senhor, teu Deus, é que é Deus, o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade para com os que o amam e observam os seus mandamentos até à milésima geração.
Ele castiga, porém, a cada um dos seus inimigos, fazendo-os perecer; não tardará em dar castigo a cada um dos que o odeiam.
Observarás, pois, os mandamentos, as leis e os preceitos, que Eu hoje te mando pôr em prática.

1 João 4,7-16.

Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida.
É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.
Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito.
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.

Mateus 11,25-30.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, § 1321

«Sou manso e humilde de coração»

Salve, Coração Misericordioso de Jesus,

Fonte de todas as graças, e seu vivo nexo,

Nossa protecção e refúgio, única Luz,

Em vós que tenho, da esperança, o reflexo.


Salve, Coração Compassivo de meu Senhor,

Inescrutável fonte viva de ternura,

De que brota a vida para o pecador,

E a fonte e a origem de toda a doçura.


Salve, do Sagrado Coração, aberta Chaga,

Donde saíram os raios da Misericórdia,

E da qual nos foi dada a vida em paga,

Vaso único de confiança e concórdia.


Salve, divina inconcebível Bondade,

Nunca medida nem aprofundada,

De amor e misericórdia, plena de santidade,

Porém, como terna mãe, para nós inclinada.


Salve, trono de Misericórdia, de Deus Cordeiro,

Que por mim destes a vida em sacrifício,

Em que minha alma se humilha, até dia derradeiro,

Pois, de viver em fé profunda, é meu ofício.