terça-feira, 8 de julho de 2014

Evangelho Mateus 9,32-38.


Terça-feira, dia 08 de Julho de 2014

Terça-feira da 14ª semana do Tempo Comum

Santo Áquila e Santa Priscila, amigos de S. Paulo, S. Gregório Grassi, bispo, e companheiros, mártires, +1900

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: Jesus percorria as cidades e as aldeias, [...] proclamando o Evangelho do Reino.

Oseias 8,4-7.11-13.
Eis o que diz o Senhor:«Os filhos de Israel elegeram reis sem minha aprovação, estabeleceram chefes sem o meu conhecimento. Da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para sua própria perdição.
Rejeito o teu bezerro, ó Samaria! A minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando serão incapazes de purificar-se?
Porque ele é de Israel; foi um artista quem o fez, não é Deus. Será, pois, despedaçado o bezerro da Samaria.
Semearam ventos, colherão tempestades. Não terão espigas, e o grão não dará farinha; e mesmo que a desse, seria comida pelos estrangeiros.
Efraim multiplicou os altares, e os seus altares só lhe serviram para pecar.
Tinha-lhes escrito todos os preceitos da minha lei, mas ela foi tida por eles como uma lei estrangeira.
Imolam e oferecem vítimas e comem-lhes as carnes, mas o SENHOR não as aceita. Antes se lembrará da sua iniquidade.

Mateus 9,32-38.
Naquele tempo,  apresentaram a Jesus um mudo, possesso do demónio.
Depois que o demónio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.»
Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios.»
Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Decreto sobre a actividade missionária da Igreja, «Ad gentes», § 12

Jesus percorria as cidades e as aldeias, [...] proclamando o Evangelho do Reino.

A presença dos cristãos nos agrupamentos humanos seja animada daquela caridade com que Deus nos amou, e com a qual quer que também nós nos amemos uns aos outros (1Jo 4,11). Efectivamente, a caridade cristã a todos se estende sem discriminação de raça, condição social ou religião; não espera qualquer lucro ou agradecimento. Portanto, assim como Deus nos amou com um amor gratuito, assim também os fiéis, pela sua caridade, sejam solícitos pelos homens, amando-os com o mesmo zelo com que Deus veio procurá-los. E assim como Cristo percorria todas as cidades e aldeias, curando todas as doenças e todas as enfermidades, proclamando o advento do reino de Deus, do mesmo modo a Igreja, por meio dos seus filhos, estabelece relações com os homens de qualquer condição, de modo especial com os pobres e aflitos […]. Participa nas suas alegrias e dores, conhece as suas aspirações e os problemas da sua vida e sofre com eles nas ansiedades da morte, trazendo-lhes a paz e a luz do Evangelho.

Trabalhem e colaborem os cristãos com todos os outros na recta ordenação dos problemas económicos e sociais. Dediquem-se, com cuidado especial, à educação das crianças e da juventude. […] Tomem parte nos esforços dos povos que, lutando contra a fome, a ignorância e a doença, se afadigam por melhorar as condições da vida e por assegurar a paz no mundo. […]

A Igreja, porém, não quer, de maneira nenhuma, imiscuir-se no governo da cidade terrena. Nenhuma outra autoridade reclama para si senão a de, com a ajuda de Deus, estar ao serviço dos homens pela caridade e pelo serviço fiel.

Segunda-feira, dia 07 de Julho de 2014

Segunda-feira da 14ª semana do Tempo Comum

Beato Diogo de Carvalho, presbítero, mártir, +1624, São Marcos Kitien Siang, mártir, +1900, Beato Pedro To Rot, mártir, +1945

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Vem impor a mão sobre ela e viverá»

Oseias 2,16.17b-18.21-22.

Eis o que diz o Senhor.«É assim que a vou seduzir: ao deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração.
Dar-lhe-ei então as suas vinhas e o vale de Acor será como porta de esperança. Aí, ela responderá como no tempo da sua juventude, como nos dias em que subiu da terra do Egipto.
Naquele dia oráculo do SENHOR ela me chamará: «Meu marido» e nunca mais: «Meu Baal.»
Então, te desposarei para sempre; desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade, e tu conhecerás o SENHOR.

Mateus 9,18-26.

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d'Ele e disse: « A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá.»
Jesus, levantando-se, seguiu o com os discípulos.
Então, uma mulher, que padecia de uma hemorragia há doze anos, aproximou se dele por trás e tocou-lhe na orla do manto,
pois pensava consigo: 'Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada.’
Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse-lhe: «Filha, tem confiança, a tua fé te salvou.» E, naquele mesmo instante, a mulher ficou curada.
Quando chegou a casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em grande alarido, disse:
«Retirai-vos, porque a menina não está morta: dorme.» Mas riam-se dele.
Retirada a multidão, Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se.
A notícia espalhou-se logo por toda aquela terra.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de João, n°49, 1-2

«Vem impor a mão sobre ela e viverá»

«Porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a sua voz» (Jo 5,28). […] No Evangelho, vemos três mortos ressuscitados por Nosso Senhor, porque as acções do Senhor não são apenas factos mas também sinais. […] Ficamos surpreendidos com a narração da ressurreição de Lázaro (Jo 11); mas, se fixarmos a nossa atenção noutras obras de Cristo, bem mais admiráveis, veremos que todos os homens que acreditam ressuscitam. E, se quisermos reflectir seriamente, compreenderemos que há mortes muito mais terríveis e que qualquer homem que pecar morre.


Todos temem a morte do corpo; e muito pouco a morte da alma. […] O homem faz tudo para escapar à morte que não pode evitar, e este mesmo homem, que é chamado a viver eternamente, nada faz para evitar o pecado. […] Oh, se pudéssemos despertar os homens da sua apatia, e despertarmos nós próprios, para amarmos a vida eterna com o mesmo ardor com que eles amam esta vida fugitiva! […] Se dissermos a um homem que atravesse os mares para evitar a morte, ele hesita? Se lhe dissermos que tome os maiores cuidados para não morrer, fica de braços cruzados? Eis que Deus nos pede coisas mais leves para obtermos a vida eterna e nós recusamo-nos a obedecer. […]


Se Nosso Senhor, pela sua grande graça e a sua grande misericórdia, ressuscita as nossas almas para as salvar da morte eterna, temos razão para ver nos três mortos cujo corpo Ele ressuscitou o símbolo e a prefiguração da ressurreição das almas operada pela fé.